sexta-feira, dezembro 31, 2021

Finalzinho

 Está terminando 2021.

 

O segundo ano da pandemia do SARS-COV2, o coronavírus que apareceu e – como dizem – colocou o mundo de cabeça para baixo. Foram dois anos loucos, esses. Mas não é disso que quero falar.

 

Aliás, nem sei o que quero falar agora, ou mesmo se quero falar.

 

Vou colocar uma camiseta onde está escrito ‘Alegria’ e, junto de parte da família, porque não estaremos todos fisicamente juntos por diferentes razões que não importam agora, mas sim em pensamento e de coração, observar os estertores do ano que termina e esperar de 2022 um ano bem melhor que dois mil e vinte e um.

 

Será um ótimo ano, afinal completo 50 anos de idade.

 

E vou comemorar, não tenham dúvidas.

 

Como? Nem ideia, por enquanto.

 

Até. 

domingo, dezembro 26, 2021

A Sopa

Odiar.

 

Verbo transitivo direto e pronominal, ‘sentir aversão por (algo, alguém, a si próprio ou um ao outro); detestar(-se), abominar(-se)’, também ‘achar muito desprazeroso’, segundo o dicionário. Um verbo forte, um sentimento potente, sem dúvida. Quase exagerado. Odiar algo é muito pesado.

 

Eu odeio comprar presentes.

 

De verdade.

 

Confesso minha dificuldade em escolher presentes para as pessoas, principalmente as mais próximas. É um sempre um dilema, uma dificuldade, um sofrimento. Não que eu ache que as pessoas não mereçam ou que eu não goste de dar presentes. Pelo contrário, fico muito feliz com a reação das pessoas ao receber presentes, assim como gosto de recebê-los. É o escolher e o ir comprar.

 

São os shopping centers.

 

Não tenho mais a menor paciência e/ou vontade de circular em shoppings. E não é porque estamos em época de Natal, ou porque estamos nesse período de pandemia. Nada disso. É que acabou minha paciência, meu prazer em andar pelos centros de compras olhando vitrines. Passou meu tempo, foi o que aconteceu.

 

Por isso que a possibilidade de compras online, via Amazon, Mercado Livre ou outros é tão legal. Não há necessidade de sair de casa, procurar vaga no estacionamento (no domingo da semana passada não encontramos nenhuma vaga em um e fomos para outro), caminhar com aquele passinho lento e que destrói qualquer um, independente do preparo físico. As compras em lojas virtuais, feitas de casa, são o paraíso neste sentido. Mas tem que haver um preparo, uma antecedência.

 

Consegui fazer isso em parte, com um presente ou outro, mas também fiz compras presenciais. Tentei ser cirúrgico, ir direto aos locais e comprar sem muita enrolação. Funcionou mais ou menos, confesso, mas completei minhas tarefas (com algumas dicas, claro).

 

Mas não era disso que queria falar.

 

Queria dizer que as compras virtuais, por mais práticas que sejam, possivelmente sempre vão carecer da experiência do olhar e do toque, e falo aqui de livrarias. Sempre fui e continuo sendo um apaixonado por livros e livrarias. Até me rendi ao Kindle, mas não é a mesma coisa (ainda pode ser a minha lenta assimilação de algumas tecnologias, como foi com o Spotfy, por exemplo). Circular por livrarias é um prazer imenso. Lembro de várias em vários lugares do mundo onde pude passear, desde Porto Alegre, com a antiga Livraria do Globo, até em Buenos Aires, Toronto, Lisboa, Porto e outras em outros lugares que visitei. Houve um tempo em que eu não conseguia entrar em uma livraria e não comprar um livro...

 

Essa semana que termina hoje (ou terminou ontem, sábado, não importa), antevéspera de Natal, ainda faltando um último presente a comprar, um livro, me fez entrar em uma livraria. Foi em um shopping aonde eu havia ido para ir também ao supermercado. Após as compras, corri até a livraria e, ao circular por entre os livros, os milhares de títulos de livros expostos, senti novamente a sensação de estar entre amigos, de certa forma voltar para casa.

 

E, claro, além do presente, comprei um para mim, além de uma resolução de final de ano.  

 

Visitar mais livrarias, ler mais. 

 

Até. 

sábado, dezembro 25, 2021

Sábado (e o Natal)


                               Natal de 2013, Bryant Park, New York, NY

                               Bom dia de Natal a todos.

                               Até.

sexta-feira, dezembro 24, 2021

Véspera de Natal


         Uma véspera de Natal, 21 anos atrás, nos Dolomitas... (24/12/2000)

         Ortisei, Trentino-Alto Adige, Italy


         Bom Natal a todos!

        Até. 

quinta-feira, dezembro 23, 2021

A Sopa

 Relacionamentos.

 

Tudo, na vida, se resume a relacionamentos. Família, amigos, trabalho, tudo o que fazemos em todas as nossas atividades se resume a nos relacionarmos com outras pessoas. E nossa qualidade de vida está diretamente associada ao quão bons e satisfatórios são nossos relacionamentos. E muitas vezes as pessoas e as corporações parecem não perceber essa verdade básica.

 

E é também por isso que a pandemia, com o distanciamento e o isolamento impostos pela situação sanitária, além das consequências econômicas e dos mortos, nos afetou tanto. Somos seres sociais, temos a necessidade de interação com outras pessoas. Eu tenho a necessidade de encontrar pessoas, conviver com pessoas. O que fica, no final das contas, são as amizades, os relacionamentos criados, as pontes construídas. E as histórias para contar, afinal a vida não é muito mais que isso, histórias (estórias) para contar.

 

Lembrei disso ao falar por telefone com um amigo que vive em São Paulo e que foi colega de empresa durante o período em que trabalhamos como especialistas médicos numa multinacional do setor farmacêutico. Do mundo corporativo, o que restou – para mim, ao menos – foram as amizades criadas, que persistem mesmo à distância. Como falei, são pontes que criamos e que permanecem lá, para quem sabe um dia serem cruzadas novamente.

 

Até.

sábado, dezembro 18, 2021

Sábado (e o antes e depois)


                    2018 x 2021

                    Muito mudou entre as duas fotos.

                    Até.

sábado, dezembro 11, 2021

Sábado (e estamos de olho em você)


                              Continue se cuidando.

                              Bom final de semana a todos.

                               Até.

quarta-feira, dezembro 08, 2021

A Sopa

 Eu queria tocar piano.

 

De verdade, mas não talvez o bastante para fazer aulas e me dedicar como deveria para realmente aprender. Concluo que o que faltou foi um grau maior de comprometimento.

 

Havia um piano na casa dos meus pais, piano esse que era da minha mãe que – quando estudante – aprendeu por imposição familiar na época. Ela tocava pouco, e – quando comecei a aprender um instrumento musical – e apesar da disponibilidade em casa, optei pelo violão, mas que no final também acabei não me dedicando o bastante para ser um bom músico, mesmo que amador.

 

É um dos arrependimentos que tenho na vida, esse de não ter aprendido piano. Sempre há tempo, podem dizer, mas não será a mesma coisa. E lembro a famosa música My Wayversão em língua inglesa da canção francesa Comme d'habitude, de Claude François, lançada em 1967, na França, adaptada por Paul Anka e gravada por Frank Sinatra, e é um de seus maiores clássicos. A letra diz:

 

Regrets, I've had a few 

But then again, too few to mention

I did what I had to do

And saw it through without exemption

I planned each chartered course

Each careful step along the byway

But more, much more than this

I did it my way

 

Lembrei disso porque hoje cedo, conversávamos no hospital e um colega e amigo lembrou dela, e me fez lembrar da versão gravada pelo Camisa de Vênus, banda de rock nacional que teve seu auge nos anos 80/90, cuja letra é impublicável. De qualquer forma, não é a minha preferida na voz no velho Frank, assim como não o é New York, New York.

 

A minha música preferida na voz do verdadeiro The Voice, é Fly me to the Moon...

 

Fly me to the moon
Let me play among the stars
Let me see what spring is like on
A-Jupiter and Mars
In other words, hold my hand
In other words, baby, kiss me

Fill my heart with song and let me sing forevermore
You are all I long for
All I worship and adore
In other words, please be true
In other words, I love you

Fill my heart with song
Let me sing forevermore
You are all I long for, all I worship and adore
In other words, please be true
In other words
In other words
I love you

 

Até.

sábado, dezembro 04, 2021

Sábado (e esta semana teve futebol)

 

             Time do Inter no GRENAL da AMHSL.

             Taça Fábio Gervini de Futebol.

             Quinta-feira, 02/12/2021

            

terça-feira, novembro 30, 2021

De vez em quando

O que teria sido.

 

Impossível não pensar – vez que outra – no que poderia ter sido caso tivesse feito isso ou aquilo, seguido esse ou aquele caminho, agido de maneira diferente em determinada situação. Onde estaria hoje e quem seria eu. 

 

Exercício inútil, mas - às vezes – enquanto dirijo de um lugar a outro da cidade ou mesmo da região metropolitana de Porto Alegre, mesmo sem querer, mesmo que por poucos instantes, me pego pensando nesses possíveis e fictícios cenários. Logo, contudo, volto ao meu foco, que é o hoje, o aqui e o agora.

 

As decisões que tomei, mesmo aquelas tomadas por impulso, ou por intuição, se é que isso existe, me trouxeram – como eu já disso outra vez – até aqui e me fizeram quem eu sou. Não faria diferente, não tomaria caminhos diversos dos que tomei, porque confesso que não gostaria de não estar e não ser que eu sou ou onde estou.

 

Pequenos aperfeiçoamentos, faria, claro, mas sempre com o cuidado de garantir que eu continuaria sendo eu como sou, mas – quem sabe – só um pouco melhor.

 

Modestamente, claro.


Até. 

domingo, novembro 28, 2021

A Sopa

A pandemia não acabou, eu sei. 


Por outro lado, a redução dos casos, das internações e das mortes agora vistas aqui no Sul do Mundo, quando o verão se aproxima, conscientemente ignorando o recrudescimento da mesma que ocorre na Europa (além da incerteza com relação à nova variante), e contando com a vacinação maciça das pessoas por aqui, tudo isso faz prever um verão mais leve, e mais social. Ninguém aguenta mais viver afastado das pessoas.

 

Apesar de não podermos baixar totalmente a guarda ainda, com relação ao uso de máscaras – principalmente em locais fechados – e às aglomerações (fujamos delas), já podemos retomar em parte nossas vidas sociais. E temos (tenho) feito.

 

Reencontrar pessoas que há muito não encontramos tem sido momentos de extrema felicidade. E essas semanas que antecedem o final do ano, que normalmente são de reuniões sociais, têm sido mais ocupadas que o habitual. Churrascos – muitos e com diferentes grupos de amigos – e outras celebrações têm mantido a agenda cheia e as manhãs mais difíceis de sair da cama...

 

A semana que termina hoje foi de reencontro e despedida, no mesmo evento. O nosso grupo de churrasco, que começou para assistirmos as finais da Libertadores da América de futebol, lá por 2013, e que não se reunia desde o início da pandemia, fez o churrasco de despedida de um dos participantes que vai se mudar para os Estados Unidos por – ao menos – um ano. A parrilla trabalhou muito, e foi uma noite regada a vinhos bons e muitas risadas.   

 

E tem outros marcados com outros amigos, e mais aqueles que nem conseguimos marcar ainda, os encontros familiares, e até um campeonato de futebol com churrasco. Com cuidados e vacinados, retomamos a vida. Tudo volta, todos voltaremos. O inverno do coronavírus foi mais longo que desejávamos, mas a primavera vem chegando (devemos cuidar para não haver uma recaída).

 

Lembrei disso no almoço de quinta-feira quando – pela primeira vez desde o início de março do ano passado – o grupo esteve praticamente completo, e de novo contamos histórias e rimos, como fazíamos antes de tudo começar. 

 

A vida em grupo é muito mais leve, definitivamente.

 

Até.

 

sábado, novembro 27, 2021

Sábado (Por aí, Porto Alegre)

 

                               

                             Um sábado qualquer de manhã, o melhor momento da semana.

                              Até.

domingo, novembro 21, 2021

A Sopa

 O tempo.

 

Vinha eu caminhando perto de casa, em direção a um mercado/café/bar aqui próximo, na quinta-feira final do dia, após ter passado por uma reunião de condomínio para registrar presença e me desculpar por não poder ficar até o final e que acabou com a minha eleição para vice síndico feita a minha revelia, mas que não vem ao caso porque seguia eu, de máscara e só, em direção ao local marcado com dois grandes e velhos amigos, para um reencontro após mais de dois anos, quando uma música me tomou e desci a rua cantarolando Elis Regina e Belchior, depende da versão que quiserem, ‘Nossos ídolos ainda são os mesmos / E as aparências não enganam, não /

Você diz que depois deles / Não apareceu mais ninguém’. Eu estava feliz, confesso.

 

Não havia nenhuma mensagem subliminar, nenhum manifesto, nenhuma intenção específica inconsciente (mas como saber, se não temos acesso fácil ao inconsciente?) com a escolha da música, devo dizer. Sim, a letra diz muito sobre o tempo, tem em mim aquele tradicional efeito máquina do tempo, de trazer sensações de muitos anos passados, mas também é uma maravilha poética da língua portuguesa. Tem versos belíssimos do gênio que foi o Belchior, como aquele que diz ‘Na parede da memória / Essa lembrança é o quadro que dói mais’.

 

Sou um apaixonado pela língua portuguesa.

 

Por isso sempre gostei de ler e li muito, hábito certamente prejudicado pelo tempo passado em frente às telas, mas ainda tento melhorar. Assim como escrever, aspiração antiga, sonho não abandonado de todo. Em período recém-encerrado de Feira do Livro de Porto Alegre, sempre lembro do desejo/objetivo de autografar um livro na feira. Quem sabe um dia, quem sabe um dia.

 

Dizia eu que desci caminhando e cantando até o café/bar/mercado próximo de casa para encontrar esses amigos, uma reunião que há muito não fazíamos. A pandemia, as correrias da vida, filhos, tudo havia conspirado contra o encontro, que afinal de contas e pensando bem, não é tão complicado de fazer, mas que boa parte das vezes deixamos de fazer por acomodação.

 

Sentamos os três, todos ao redor dos cinquenta anos, já tendo percorrido boa parte de nossas existências, cada um com sua história própria, vidas que de tempos em tempos se cruzam em volta de uma mesa de bar/mercado/café para botar o papo em dia, lembrar de histórias, contar novas, rir muito e alto, e fazer alguns planos, talvez até envolvendo música.

 

Quem sabe?

 

Até.

sábado, novembro 20, 2021

Sábado (e a Sindrome do Impostor)

 

                    Quem nunca?

                    Bom sábado a todos.

                    Até.

                          

sábado, novembro 13, 2021

Sábado (e a kombi)

                            É isso aí.

                            Bom feriado a todos.

                            Até.


 

segunda-feira, novembro 08, 2021

A Sopa

Não sabemos como será o futuro.

E daí?

 

Nada, claro.

 

Nunca tivemos como prever o futuro com precisão, fato da vida. O que podemos fazer, e usualmente fazemos, é tentar moldar – digamos assim – o que virá a partir de nossos atos no momento presente. A vida é basicamente isso, além de estórias para contar: vamos andando pelo mundo por caminhos que vamos criando – a partir de nossas decisões e/ou atos - enquanto andamos.

 

Sempre penso nas consequências de nossos atos diários, mas não como se fosse algo relacionado ao karma ou algo assim. Vejo como a imagem da pedra atirada no lago: ela produz uma onda que produz uma onda que produz uma onda, assim quase ao infinito. Depois de um tempo, essa onda que vemos tem pouco ou nada a ver com a onda original, onde tudo começou. Pode levar tempo, mas invariavelmente assistimos às consequências de nossos atos.

 

Futebol.

 

Não falo usualmente de futebol por aqui, porque sou o pior tipo de torcedor (@PiorTorcedor, Twitter) que existe, porque futebol para mim é uma experiência solitária, silenciosa. Não sou e nunca fui entusiasta de piadas e gozações relacionadas a isso. Quando meu time ganha, fico feliz, mas na minha. Quando perde, fico irritado, mas na minha, quieto no meu canto.

 

Principalmente porque não gosto de levar flauta, das brincadeiras e gozações quando o meu time perde. Então, não incomodo ninguém para não ser incomodado. Não dou a liberdade a ninguém de me zoar. Por isso, não fico zoando ninguém. Sei que se eu entrar na chuva, vou me molhar, que a banca paga e a banca recebe. Simples.

 

Qualquer pessoa de bom senso sabe que – se tive a chance de tocar flauta em ti porque meu time ganhou – quando o meu time perder serei eu a vítima da flauta. É do jogo, justo. Sempre foi assim.

 

Por isso torna-se incompreensível a atitude de alguns jogadores do Grêmio de quererem briga com um jogador do Inter que passava pelo campo com um caixão estilizado representando o Grêmio caindo para a série B. Criaram uma confusão, briga, esquecendo que pouco tempo antes eram eles que faziam essas brincadeiras por aqui, sem nunca ter havido nenhuma confusão por isso. Se não quer ouvir a flauta, não toca primeiro.

 

Eu não teria feito a brincadeira, mas eu sou o @OPiorTorcedor.

 

É legítimo quem foi vítima da brincadeira seja agora que a faz, e é ridículo quem até ontem debochava do outro agora ficar ofendido ao debocharem dele. Simples assim.

 

Se não quer brincar, não desce para o play...

 

Até.

sábado, novembro 06, 2021

Sábado (e as nuvens)

                            Sábado de manhã, mesmo nublado.
                            O melhor momento da semana.

                            Até.
            

sábado, outubro 30, 2021

Sábado (por aí, Porto Alegre)


                           Bom sábado a todos.

                           Até.

segunda-feira, outubro 25, 2021

A Sopa

Diversos.

Os dias passam e, de forma permanente, procuro estar sempre atento ao mundo ao meu redor (e interior) em busca de temas, tópicos, os quais vão requerer minha atenção e serão motivo de crônicas semanais, aos domingos ou em algum dia seguinte em que vou publicar essa Sopa que tenta ser semanal. Muitos assuntos pulam em minha frente pedindo atenção e, sinceramente, sinto que merecem ser abordados, mas acabo, ao sentar em frente ao computador, esquecendo o que queria dizer/escrever.

 

Isso ocorre sempre.

 

Deveria anotar as ideias, ou salvá-las de outra forma, mas acabo não fazendo. Por outro lado, são tantos os assuntos que se torna realmente difícil priorizá-los. 

 

A pandemia, por exemplo.

 

Não acabou, todos devemos saber, mas certamente a situação é muito melhor agora que foi meses atrás, graças – acima de tudo - à vacinação. O Brasil tem uma cultura de vacinas muito boa, e – apesar do péssimo exemplo e das falas ridículas do presidente da república – a esmagadora maioria das pessoas está indo se vacinar. Quanto mais pessoas vacinadas, quanto antes estiverem com o esquema completo, mais cedo voltaremos à normalidade, por mais que as coisas já estejam voltando lenta e progressivamente ao normal.

 

Quando tudo parece andar bem, o presidente – num claro desserviço à causa da saúde – faz uma live e diz que as pessoas que estão se vacinando estão pegando AIDS (!). Um absurdo completo, uma afirmação irresponsável. Não é caso de impeachment, é caso de internação psiquiátrica. Depois de todo o trabalho que médicos, pesquisadores e diversos profissionais de saúde estão tendo/tiveram no último ano e meio, desde que a COVID-19 chegou ao Brasil, em tratar, orientar, confortar pacientes e familiares, o presidente comporta-se como o clássico “inimigo na trincheira”, disseminando desinformação, atrapalhando mesmo. Aí ele dá razão à CPI, que o enquadrou em diversos crimes cometidos durante a condução do país durante a pandemia. Aí temos que concordar com o Renan Calheiros!? 

 

Desanima.  

 

Pronto, não quero falar de mais nada...

 

Até.

sábado, outubro 23, 2021

Sábado (e é outono no Canadá)


      Cape Breton Island, Nova Scotia, Canada

      October/2019


      Bom sábado a todos.

      Até.



domingo, outubro 17, 2021

A Sopa

 O impostor.

 

Assunto recorrente por aqui (em meus pensamentos, que escorrem para cá de tempos em tempos), já lido há vários anos com a síndrome, identificada ainda antes de eu saber que tinha um nome específico e que era bem comum. Sei também que ela vem em ondas, como um mar, e como cantou Lulu Santos. 

 

As suas manifestações são variáveis, então, mais ou menos intensas conforme fatores que ainda não consigo identificar totalmente. Flutua (flutuo eu) entre a tranquilidade e segurança de quem sente-se confortável com quem eu sou e onde estou, por um lado, e a sensação por vezes avassaladora de que estão prestes a descobrir que sou uma farsa. Quando acontece – evento cada vez mais raro – de me sentir assim, penso que ninguém consegue enganar tanta gente por tanto tempo, então não deve ser assim mesmo... E vamos levando.

 

Quando, há mais de vinte anos atrás, fui selecionado para cursar o Doutorado direto, sem ter feito Mestrado antes, me perguntei se eu conseguiria ir até o final, defendê-lo e receber o título de Doutor em Medicina. Lembro de, na entrevista da seleção, eu ter sido perguntado por que eu queria fazer Mestrado e responder que eu não queria fazer, eu queria fazer Doutorado, mas não tinha um pré-requisito para me inscrever no Doutorado. O paradoxo da autoconfiança de achar que eu podia fazer versus a dúvida se seria capaz.

 

Terminei o doutorado, e o defendi quando já estava em Toronto como Clinical Fellow na University of Toronto, um pós-doutorado que começou ainda antes de ter o título de Doutor. Mais um salto no escuro (fui sem saber exatamente como seria). Ou uma porta que se abriu e fui entrando.

 

Essa é uma forma de ver as coisas que sempre tive, e não sei se é positiva ou não. Sempre me vi como alguém que vai caminhando e, à medida que as portas se abrem, vou entrando. Normalmente tem dado certo, a meu ver. Porém, pode parecer que estou sempre contando com a sorte de aparecer uma “porta aberta” para eu entrar. Ou será que meu trabalho e – vamos dizer – competência é o que faz as portas abrirem ao longo do caminho?

 

Pode ser, pode ser.

 

Ao final das contas, parece que não faz diferença no resultado, de onde estou e quem eu sou. 

 

Seguimos andando, como sempre.

 

Até.

sábado, outubro 16, 2021

Sábado (e teve Congresso)


          Participando do X Congresso Gaúcho de Pneumologia.

          Ontem à noite, direto de casa... Hoje a manhã foi de trabalho/estudo.

          Bom sábado a todos.

          Até.

          PS - "Mesas Rodendas"?!!


quinta-feira, outubro 14, 2021

A Sopa

Uma Sopa antiga, do milênio passado, quando ainda não existia Waze e acho que os GPS não estavam muito disponíveis, e usávamos mapas, veja só, porque essa semana teve feriado (e viajamos) e tem Congresso, que começa hoje à noite...

 

“Lembranças de viagem. 

Quando planejávamos nossa viagem para a Europa em 2002, uma das idéias era conhecer a região francesa de Rhône-Alps, que tem Lyon como sua cidade principal. O plano era visitar Lyon, sair em direção aos Alpes, e daí cruzá-los para a Itália, para depois retornar à França para ir até a simpática Annecy, sugestão dos amigos Diovanne e Maria Cristina. 

Após algumas pesquisas, decidimos que cruzaríamos os Alpes pelo Túnel de Frèjus, que liga França e a Itália, na região do Piemonte, próximo à Turin, e que voltaríamos à França pelo Túnel do Mont Blanc, que aquela época deveria estar reaberto. O túnel havia sido fechado em 1999 devido a um acidente com incêndio em seu interior. Tudo tranqüilo, planos perfeitos. 

Em fevereiro de 2002, tudo correu bem conforme os planos: visitamos Lyon, Aix-les-Bains e, pelo Túnel de Frèjus, entramos na Itália. Ficamos em Turin, depois fomos até Aosta (surpresa extremamente agradável, a Roma dos Alpes). A partir daí, o destino seguinte era cruzar o Mont Blanc e voltar para a França, passando em Chamonix e depois Annecy. Mas não foi bem isso o que aconteceu. 

Saímos de Aosta e fomos até Courmayer, cidade separada de Chamonix pelo Mont Blanc e ligada pelo túnel. Em Courmayer, a notícia: o túnel continuava fechado. Deveríamos encontrar uma via alternativa. A Jacque , a navegadora, fez rápida pesquisa no excelente Michelin Europe Tourist and Motoring Atlas e descobriu o nosso caminho alternativo: o Túnel de San Bernardo, na passagem de Gran San Bernardo, ligando a Itália com a Suiça. A única coisa que deveríamos fazer era retornar até Aosta e dali só seguir as indicações até o túnel. Se não fosse inverno, poderíamos até pensar em fazer a travessia pela passagem de San Bernardo, mas – entre outubro e junho – a neve não permite. 

Foi uma das melhores coisas que poderíamos ter feito. As paisagens que tivemos a oportunidade de ver nesse trajeto estão entre as mais bonitas que já vi na vida. Neve, muita neve. Um espetáculo para não ser esquecido, de tão belo. 

Justamente nessa região, próximo à passagem de San Bernardo, é que cerca de 2000 viajantes, nos últimos 200 anos, foram regastados pelos cães que levam o nome da passagem. São famosas as histórias (e até desenhos animados) em que aparecem os São Bernardos salvando pessoas em dificuldades na neve. Eles e seu indefectível barril pendurado no pescoço (em Bariloche, na Argentina, esses cães são atrações turísticas e são treinados para só olhar para ti quando os donos – que vendem as fotos – ordenam). Pois é, mas os tempos mudam. 

Notícias vindas de Genebra – via Associated Press – informam que os São Bernardos estão perdendo sua utilidade no salvamento de pessoas, superados pelos helicópteros e sensores de calor, mais rápidos e mais precisos. Por isso, a Congregação dos Cânones de Gran São Bernardo está colocando a venda seus cães, 18 adultos e 16 filhotes. 

Grande e pesado, um São Bernardo adulto pode pesar mais de 100kg, e come até 2kg de carne por dia. Eles também requerem muita atenção e energia, afirmou o Irmão Frederic, um dos cinco monges que vivem no famoso mosteiro na passagem de São Bernardo. Os monges fundaram o mosteiro do topo na passagem – 2470 metros acima do nível do mar – no século 11 como refúgio para viajantes. Os grandes cães fazem parte da vida do mosteiro desde a metade do século 17, servindo de companhia e proteção aos monges e sendo empregados no resgate de viajantes perdidos na neve e na neblina. 

Barry, o São Bernardo mais famoso, viveu no mosteiro entre 1800 e 1812, e auxiliou no salvamento de mais de 40 pessoas. Até hoje, pelo menos um dos cães no mosteiro é sempre chamado de Barry em homenagem ao lendário cão. 

Histórias. Eu gosto.”

 

Até.

sábado, outubro 09, 2021

Sábado (por aí, perto de casa...)

 

                                 Walking distance from home.

                                 Bom sábado a todos.

                                 Até.  

                                 

domingo, outubro 03, 2021

A Sopa

Domingo, 6h55.

 

Abro os olhos e escuto um gato miar atrás de uma porta ao final do corredor, exatamente para onde haviam sido expulsos os gatos algum tempo antes por estarem fazendo barulho perto de onde dormíamos. Confiro a hora. Antes de qualquer outro pensamento, escuto um trovão seguido pelo barulho da chuva que começa a cair e bater nos vidros das janelas.

 

Não vou pedalar, é meu próximo pensamento.

 

O que tornará meu início de manhã de domingo diferente, pois há dois anos e meio que minhas manhãs de sábados e domingos – quando não chove, claro – são dedicadas, em seu período inicial, ou seja, até cerca de dez horas, a praticar atividade física, a pedalar. Começou como meus únicos momentos de prática de exercício na semana para se tornarem o fechamento da semana, após a rotina diária na academia, de segunda a sexta-feira.

 

Dizia eu, então, que a chuva atrapalhou meus planos.

 

Como há muito não fazia, tomei café lendo o jornal de ontem com as notícias de anteontem, com mais tempo que o habitual, e fiz chimarrão antes de me sentar em frente ao computador para escrever essa Sopa semanal. Também como há muito não fazia (escrever no domingo de manhã).

 

Rotinas que mudaram e continuam mudando ao longo do tempo, assim como pessoas que vem e vão, entram e saem de nossas vidas, por diferentes razões. Não podemos ficar presos ao que passou, mensagem importante que tento não esquecer, mas nem sempre é fácil para mim, confesso. Tanto para o lado bom como para o lado ruim.

 

Não deveríamos querer ficar vivendo de ou recriando situações e relações que já não existem, de novo, para o bem e para o mal. Um momento de felicidade que passou será substituído (talvez esse não seja o melhor termo) por outro que virá, e a experiência ruim passou, aprendemos com ela e seguimos em frente (provavelmente cometendo novos erros). Ficar remoendo experiências ruins em nossa mente não ajuda em absolutamente nada (fácil falar, eu que o diga). Mas a vida segue seu curso implacável, independente de nossas vontades. A onda vem, queiramos ou não, então é melhor estar preparado.

 

Aceitar que as coisas mudam com serenidade é uma arte a ser aprendida, com maior ou menor dor. E volto ao velho papo de que existem situações que dependem de nós, essas são as que merecem toda nossa dedicação, e as que não dependem de nós, que não adianta toda nossa preocupação e angústia, vão acontecer independente de nossa vontade. Saber diferenciar umas das outras vale ouro, ou podemos dizer que é uma benção.

 

É a paz que procuramos.

 

Por enquanto, fico aqui com meu chimarrão de domingo de manhã enquanto observo a chuva que não me deixou pedalar.

 

Até.

 

sábado, outubro 02, 2021

Sábado (de manhã, sol)

                                 O melhor momento da semana.

                                 Bom sábado a todos.

                                 Até.


 

segunda-feira, setembro 27, 2021

A Sopa

 Tenho muitos defeitos, e algumas qualidades.

 

Como todo mundo, aliás.

 

Somos seres complexos em nossa vida interior, nós humanos. Uma mistura de sensações, sentimentos e pensamentos que geram ações e atitudes, e suas consequências enquanto interagimos com outros seres humanos e com a natureza. E nem sempre são necessariamente bons pensamentos e mesmo boas ações, infelizmente. Tudo com um objetivo, claro.

 

Sobreviver.

 

A primeira razão, a mais básica e instintiva razão para nossas ações, é a sobrevivência. Tudo gira em torno, no nível mais básico, de garantir que consigamos nos manter vivos. O que fazemos – como já disse – durante nossa convivência com o mundo exterior, ou seja, tudo aquilo que é alheio a nós mesmos, aquilo que não é o ‘eu’, baseia-se na tentativa de nos mantermos vivos. E não só em situações limítrofes, de risco iminente. Sempre.

 

Por isso é que pode parecer difícil julgar as atitudes ou mesmo as motivações de determinadas ações humanas quando em situação de risco, quando a primeira motivação é sobreviver. O conceito de certo e errado pode ficar nebuloso. Situações limítrofes são isso, aquelas que acontecem na fronteira entre o certo e o errado. E não vou nem entrar no mérito do que é o certo e o que é o errado.

 

O resumo disso, no final das contas, o que realmente vale no final de tudo, é resultado, o balanço entre pensamentos e ações ditos bons versus aqueles considerados ruins. Somos, então, e obviamente, o produto de nossas qualidades menos os nossos defeitos, e temos que torcer que essa subtração dê resultado positivo.

 

Por que essa conversa, afinal?

 

Tenho pensado muito nisso, ainda mais que o normal, nos últimos tempos. Quem e como tenho sido e agido, se o resultado vem sendo positivo. Como tenho contribuído com o mundo, em geral, e com as pessoas próximas em especial.

 

Pelas minhas contas, até aqui e descontando o viés da autoavaliação, o resultado vem sendo positivo. Trabalho para que continue assim.

 

Até.

sábado, setembro 25, 2021

Sábado (e memória da última grande viagem antes da pandemia)


             Um final de semana em Halifax, Nova Scotia, Canadá.

             Outubro/2019.

              Bom sábado a todos.

              Até.  

segunda-feira, setembro 20, 2021

A Sopa

Epifania.

 

Gosto dessa palavra e seu significado.

 

Do ponto de vista filosófico, não estritamente religioso, epifania significa uma sensação profunda de realização, no sentido de compreender a essência das coisas; revelação a partir de algo inesperado; percepção intuitiva. Acredito           que aconteça com todos nós em diferentes momentos da vida, em diferentes situações e – digamos – campos da existência.

 

Com relação a trabalho, amizades, família. Com relação ao modo que vemos e vivenciamos a vida. Algumas vezes uma epifania tem o poder de mudar os rumos de nossas vidas. Algumas vezes, contudo, me pergunto se realmente acontecem com todos, ou se precisamos estar ‘abertos’ à possibilidade de acontecerem. Pois é, pode ser que só as tenhamos quando estamos com aquilo que alguns chamam de sintonia com o Universo (se é que existe, isso de sintonia) ou sensíveis a ponto de percebermos, ou intuirmos, a essência de algo. 

 

Precisamos de tempo e alguma forma de paz de espírito (tranquilidade) para observarmos e podermos analisar corretamente o que nos cerca, para que essa compreensão apareça como se viesse assim, do nada. É como quando falei/escrevi – muitos anos atrás – que as estórias estavam por aí, etéreas, esperando para serem contadas. Mas não é das estórias que precisam ser contadas de que quero falar.

 

Quero dizer que tenho tido algumas epifanias recentemente.

 

Sobre a vida, sobre o que é importante, sobre o que precisa ser feito, o que preciso fazer e a felicidade com que assumo a responsabilidade sobre o eu precisar fazer, por mim e pelos que me são próximos.

 

Também sobre a morte, que um dia chega para todos nós.  

 

Até.

  

sábado, setembro 18, 2021

Sábado (e é dia de...)


                             Na verdade, todo dia é dia de churrasco (para mim, para mim).

                              Komka, Porto Alegre, setembro/2021

                              Bom sábado a todos.

                              Até. 

domingo, setembro 12, 2021

A Sopa

 “Eu sou o cara que vai morrer.

 

De um tempo para cá, e não consigo precisar exatamente quando, surgiu em mim a ideia fixa de que – como dito na afirmação anterior – sou o cara que vai morrer. Eu sou assim, cultivo esse meu lado paranoico com certo carinho, e - de tempos em tempos - descubro, ou crio, um pensamento no qual me fixo durante um período. Como a “Inevitável Grande Tragédia”, que nesse momento não vem ao caso. Mas eu falava que sou o candidato a morrer.

 

Explico, explico.

 

Funciona mais ou menos assim, de maneira simplificada: sou sedentário, tenho sobrepeso, estou na meia-idade, trabalhando enlouquecidamente e estressado. Logo, sou o candidato perfeito para um infarto do miocárdio. Verdade pura e cristalina, lógica. Quase, praticamente, inevitável. Poderia dizer que estou numa via de mão única e sem retorno para a doença.

 

Poderia, mas não vou dizer.

 

E não vou fazê-lo porque as coisas não são exatamente assim. 

 

Sim, é verdade que sou sedentário, com sobrepeso, meia-idade, e tal, mas ainda tenho (ao menos a ilusão do) controle sobre minha vida, e posso mudar aquilo que deve ser mudado, que não está bom. A maior conquista dos últimos anos foi esta: controle (ou a tentativa) sobre o que é realmente importante, aquilo que depende da minha vontade/esforço. Com relação àquilo que não controlo, que realmente não tenho domínio sobre, procuro (tento) não me preocupar, me estressar cada vez menos.

 

Difícil, nem sempre consigo, mas vale a tentativa.

 

O que posso mudar, ajustar, estou fazendo aos poucos, como se aparando arestas que precisam ser aparadas. Sintonia fina. Abandonando alguns pesos que carrego/carregava sem necessidade. Cortando amarras que me prendiam e me seguravam.

 

Tudo tem sido cansativo, confesso. A rotina, os projetos, as obrigações profissionais, os desafios que vem por aí. O ano se encaminha para o seu último trimestre e remo já com alguma dificuldade. Os próximos três meses e meio passarão voando e serão intensos. Depois, vou parar – de férias – e descansar mesmo. Quando voltar ao trabalho, em janeiro, já terei eliminado alguns dos fatores de risco que hoje convivem comigo. Dois mil e doze será especial, estou certo.

 

E já penso como comemorar os meus quarenta anos.”

 

Um texto de dez anos atrás, para (minha) reflexão. Muita coisa mudou nesse período, e a caminhada tem sido boa. Penso o mesmo de dois mil e vinte e dois.

 

Até.