quarta-feira, janeiro 18, 2006

Diferente

Semana que vem, segunda-feira, tem eleição federal no Canadá.

O voto, aqui, é o chamado distrital, as pessoas votam no seu candidato local. Será, a partir daí, eleito o parlamento que vai indicar o novo Primeiro Ministro, cargo atualmente ocupado pelo Liberal Paul Martin, que tenta fazer maioria para continuar no cargo e ter alguma tranquilidade, o que parece que não vai acontecer. Os Conservadores estão na frente nas pesquisas, com seu líder Stephen Harper, afeto embotado, idéias alinhadas com o vizinho do sul, aquele do Texas, e que parece uma caricatura quando força um sorriso (nunca o vi sorrindo espontaneamente).

Normalmente, quem decide as eleições canadenses é a província de Ontário, por ter maior população e maior números de cadeiras no parlamento. Mesmo sendo em princípio liberal, dessa vez a província está mudando o voto. E ainda tem a terceira força, o NDP, o “Novo Partido Democrático”, que no final das contas é o fiel da balança na hora de dar apoio ou não ao governo.

Mas não era disso que eu queria falar, era da campanha.

Algumas coisas são bem parecidas, como os ataques entre os candidatos, comerciais na TV fazendo “terrorismo”, fazendo insinuações a respeito da integridade e/ou honestidade do outro. Os debates também, risíveis. Isso não surpreeende porque política partidária é assim.

Mas o que difere do Brasil chama à atenção.

Não existe horário eleitoral gratuito, e muito menos aquele mar de cartazes colados nos postes, muros pintados, lixo por todo o lado. Estava no bonde e me dei conta disso, quase não se nota, nas ruas, que é período pré-eleitoral. Mas tem o lado de que já ligaram aqui pra casa para pedir apoio a candidato, assim como vieram batendo de porta em porta com o mesmo objetivo.

Nestas horas, sorrio e digo:

“I’m not canadian, I cannot vote, sorry…”

Até.

2 comentários:

Anônimo disse...

Eu nao comento sobre eleicao. Aprendi isso. Nao comento sobre politica, religiao e nem sobre o clima mais, porque so me da gastrite.

Abraco

Anônimo disse...

Também já vieram aqui em casa, e na entrada do metro tem sempre alguem também. Também não voto, então digo a mesma coisa. bjs,