Primeira transmissão local.
Ou seja, Porto Alegre apresentou um caso de alguém que não chegou do exterior, que se contaminou com alguém que trouxe o vírus de fora, ainda sendo possível rastrear a origem da infecção.
O próximo passo será a transmissão comunitária, em que já não se consegue encontrar o caso fonte. Como eu disse ontem, o círculo está fechando.
Os Hospitais se preparam, restringem os atendimentos de casos não urgentes, e talvez seja o momento aumentar o nível de precaução e proteção. Se até aqui não havia razão para usar máscara cirúrgica para atender pacientes (aqueles sintomáticos é quem deveriam usar), a evolução dos fatos (e a necessidade de deixar os pacientes com sensação de segurança) nos leva a reavaliar essa conduta. Claro que isso após discussões virtuais com outros colegas.
O hospital em que atendo ambulatório, adotou essas medidas, e – seguindo determinação superior – hoje utilizei máscara para atender. A última paciente, com história de asma, sem sintomas respiratórios, comenta que está em treinamento em uma empresa, e que a colega que a está treinando foi afastada ontem com febre e mal-estar. Em casa, será testada para coronavírus. Pergunto qual grau de contato que teve com a colega. Próxima, me responde.
Quarentena, oriento.
Deve ir para casa por quatorze dias, enquanto aguarda o resultado do teste da colega. Se negativo, estará liberada. Se iniciar com sintomas, liga para a Vigilância. Em caso de febre alta ou dispneia, procurar atendimento.
Devo confessar que a culpa disso é minha.
Estou há 7 meses fazendo atividade física no mínimo cinco vezes por semana e, nos últimos noventa dias, cerca de 60 minutos/dia, sete dias por semana.
Eu sabia que eu ia causar o fim do mundo...
Até.
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