quinta-feira, outubro 10, 2024

A Teoria da Ilha (2)

Mais uma vez, a ilha. 

Agora, sim, falo da ilha de Santa Catarina. Chove, e não pouco, desde que cheguei, na terça-feira final da tarde. Não vou conseguir nem ao menos caminhar ao ar livre, não vou ver o céu.

 

Faz parte, é a época do ano. A mesma coisa com minhas experiências prévias com congressos no Rio de Janeiro.  Virtualmente sempre com pouco sol e, em boa parte, chovendo. Como estou aqui para congresso – e não férias ou feriadão – não tem nenhum problema.

 

Congressos médicos, assim como a vida, tem seu lado bom e, também, o lado ruim. O principal de um congresso – como em quase tudo na vida – são as pessoas. Networking. Encontrar colegas que não encontramos com frequência, confraternizar com amigos, jantares. Algumas conferências muito boas, outras para confirmar que sabemos o que estamos fazendo, e algumas totalmente dispensáveis. Como eu disse, é parte. Também o inevitável encontro com os chatos, dos quais não podemos muitas vezes evitar.

 

E aqui, também, em muitos momentos, sou uma ilha.

 

Só, mas cercado de gente por todos os lados.

 

“I've built walls

A fortress deep and mighty

That none may penetrate

I have no need of friendship, friendship causes pain

It's laughter and it's loving I disdain

I am a rock, I am an island” *

 

Até.

 

* ‘I am a Rock’, Simon & Garfunkel, 1966 

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