sexta-feira, outubro 11, 2024

A Teoria da Ilha (3)

Ainda a ilha. 

 

Persiste a chuva, e por vezes me sinto na Porto Alegre de Ramilonga, ‘ares de milonga que vão e me carregam, por aí...’. Sem céu azul, sem o sol, nem mesmo aquele que ilumina, mas não aquece. Últimos momentos de congresso, vou assistir à manhã de atividades e – por volta do meio-dia começo o retorno para casa.

 

Como a Sbórnia do Nico e do Hique, ilha flutuante que se separou do continente, eu circulo enquanto ilha por entre as pessoas e os grupos no congresso, ora aqui, ora ali. Tenho o privilégio de fazer parte de grupos diferentes com os quais tenho boas conexões. São os momentos em que sou parte de um arquipélago (afinal, não somos todos ilhas?).

 

Hoje mais cedo tomava café da manhã com uma colega que é dez anos mais velha que eu, conversávamos sobre um amigo em comum, sobre nossas rotinas de vida e dizia ela que o tempo passava rápido (e eu não sei?)  e que eu deveria aproveitar esses dez anos que eu tinha a menos que ela. 

 

Está certa.

 

Até. 

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