Desconforto.
De tempos em tempos, em variadas situações em diferentes lugares de convívio, ocorrem momentos de me sentir deslocado, inadequado, desconfortável. Como se não pertencesse ao ambiente, como se fosse um estranho. Não é uma sensação agradável, evidentemente, mas sei ser parte da vida.
E tem muito mais (ou tudo) a ver comigo, não com os outros.
São momentos de frustração, em que as coisas não saem exatamente como eu gostaria que saíssem, e tenho que lidar com esses sentimentos. Ao longo da vida, tenho aprendido a lidar com eles, evidentemente, afinal não sou um bebê chorão que se atira no corredor do supermercado porque os pais não compraram o chocolate que ele queria. É parte do crescimento, o saber lidar com frustrações.
Muitas vezes é uma luta interna, isso de aceitar as coisas como são e não como eu gostaria que fossem, porque muitas vezes realmente não são. Como eu disse, é da vida. E, quando não dependem de mim, menos razão para frustração. Racionalmente, é simples, mas vai explicar isso para a “criança birrenta interior” que todos possuímos.
E a jornada do autoconhecimento passa por entender esses contratempos, essas inconveniências da vida e aprender a lidar com elas. Lembro de, há alguns anos, em uma conversa com um ex-colega de trabalho, de ele ter me contado algum antigo detalhe sobre uma relação prévia do trabalho que fizemos juntos (que eu não precisava saber). Na hora, pensei que eu passaria as próximas 48 ou 72 horas ‘remoendo’ o assunto, encucado. O simples fato de me dar conta disso, de ser consciente, de reconhecer um padrão, me fez ficar sereno, mais tranquilo.
E assim em outras dimensões da vida.
Reconhecer padrões, saber que potenciais frustrações vão acontecer e está tudo bem, aprender a lidar com isso, torna a jornada mais leve.
E é o que queremos, ser mais leves.
Até.
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