Eu gosto de quem vejo quando olho no espelho.
Uma premissa que deveria ser básica em todo mundo, gostar de si mesmo, mas que nem sempre acontece, pelas mais variadas razões. Algumas pessoas não gostam de sua aparência, outros não estão felizes com sua vida profissional, enquanto ainda outros tem culpas e arrependimentos que não permitem olharem o espelho e gostarem do que veem.
Eu, como disse, gosto.
Podemos dizer que aprendi a conviver comigo mesmo. Já sei quais são os meus defeitos, as minhas qualidades, os meus pontos fracos e os pontos fortes, em que sou de confiança. Tenho, como todos, arrependimentos e algumas culpas, mas estou em paz com o passado, sei que posso construir o futuro (e sei que futuro eu quero para mim) e cada vez mais procuro viver o presente. Claro que nunca é tão simples ou fácil, mas é uma batalha diária, e – com o tempo que passa – vamos levando (espero) cada vez melhor.
Tenho feito essas reflexões com mais intensidade nos últimos tempos, porque aproximam-se datas marcantes em minha vida: trinta anos de formado, trinta anos que estou com a Jacque, vinte anos que morei no Canadá e defendi meu doutorado, entre outras. Momentos de parar um pouco e olhar para trás, avaliar a passagem do tempo, e perceber que o caminho tem sido bom.
Tem sido.
Até.
(tudo porque cedo me olhei no espelho e percebi o quão libertador é não precisar pentear o cabelo...)
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