quinta-feira, dezembro 12, 2024

Pertencer e a Ilha

Como parte da montanha-russa de sentimentos que caracterizam cada final de ano, junto com a sempre necessária retrospectiva pessoal que devemos fazer ou, melhor, é saudável que façamos, cada um sabe de si, circulamos entre as celebrações, as saudades, a sensação do dever cumprido, e possíveis frustrações pelo não alcançado e por quem perdemos pelo caminho, literal ou figuradamente. Também os reencontros.

 

Reforço aqui a importância – para mim, para mim – do sentimento de pertencimento, talvez um dos mais significativos. Saber, sentir-se parte de algo maior que nossa existência individual, de uma equipe, grupo, família, ou comunidade é parte do que faz nossa existência ter sentido. 

 

E é uma das principais lutas minhas internas, aquela entre o ser parte de algo, pertencer, o que é diferente de me encaixar, e o ser uma ilha, um ser isolado no meio de pessoas. Demorei muito a perceber que, apesar de eu ser uma pessoa que precisa fazer parte, de me sentir parte, também preciso ser uma ilha em outros momentos. É o balanço entre os dois momentos que necessita ser ajustado.

 

Mas falava do sentimento de pertencimento.

 

É bom e importante cultivar as relações que nos proporcionam essa sensação, que tranquiliza e conforta. Os encontros e churrascos e fotos em elevadores e confrarias e planos reforçam, reafirmam isso, que estamos fazendo as coisas certas, que contamos com os amigos certos.


Até. 

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