Mea culpa.
Esse é também um mea culpa, um pedido de desculpas meu, um ato de contrição, antes que me acusem de “pregar moral de cuecas” (pensando bem, acho que seria pior pregar moral sem cuecas, mas isso não é o foco do que quero dizer). Falo, alguns podem imaginar, do uso do celular em situações sociais.
Ouvi ou li por aí, e tenho lido e ouvido muito por esses dias, que uma demonstração básica, e fundamental, de amor, é dedicares a atenção plena ao outro, a quem está contigo. Essa afirmação foi certeira, porque me senti culpado pelas vezes em que eu – sim – dividi a atenção do momento em que vivia e da pessoa, ou pessoas, com que interagia, por consultas aleatórias ao celular. E que é algo que tenho tentado mudar, tanto como respeito aos outros quanto como respeito a mim, e aí entraria em como o tempo é desperdiçado nisso.
E entendi, finalmente, o mal-estar que eu sentia – e que em algum momento desisti de lutar contra – das pessoas estarem, enquanto conversamos, estamos juntos, em uma refeição, por exemplo, e ficam em frente de todos, olhando o celular. Como se o conteúdo em sua mão fosse mais importante, ou mais interessante, que as pessoas que estão a sua volta. Parece uma forma de desprezar a companhia das pessoas.
E aí a brincadeira que faço, baseado em um meme que recebi há um bom tempo, é perguntar ‘Quando vamos marcar de sair para ficar olhando o celular juntos novamente?’. Brincadeira, mas – pensando bem – com um certo tom amargo. E não estou demonizando o celular e nem as redes sociais, permaneço usuário e “fã” delas, mas externando um desconforto que sei que não é só meu.
Como eu disse, não sou inocente pois já fiz isso muitas vezes.
Admitir o erro é o primeiro passo para se corrigir, para tentar melhorar.
Comecei a tentar melhorar no ano que está por terminar, e pretendo intensificar isso no próximo. Quero dedicar atenção plena a quem é importante, usar menos o celular em frente a elas é uma das formas de fazer isso.
Vamos junto?
Até.
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