A Sopa
Domingo de carnaval.
Estamos longe de casa, mais ou menos isolados, próximos à natureza, em um lugar em que o calor não é um problema, com boa companhia, boa comida e longe de música ruim. Talvez eu fique por aqui.
Brincadeira, claro, assim como quando eu vou visitar alguns lugares, próximos ou distantes, e percebo que poderia viver naquele local. Existem alguns lugares, em especial, em que essa vontade é maior e muito intensa, mas isso é assunto para outro dia.
Aproveito, mesmo que involuntariamente, esses dias de descanso e retiro para refletir sobre a vida (ainda mais que o normal, devo dizer). Especificamente sobre as opções que fazemos e as consequências delas, lembrando que – algumas vezes – ficamos desapontados ao obter o resultado que procurávamos, aqueles pelos quais torcíamos. É um paradoxo, eu sei, mas é humano.
Temos que viver com as consequências de nossas escolhas, e não deveríamos delegar “a culpa” dos acontecimentos a ninguém. Somos os responsáveis pelo que nos acontece. Sei, e você sabe disso também.
É natural, e provavelmente comum, acontecer de nos sentirmos frustrados no momento que conseguimos o que imaginávamos querer. Porque tudo vem com um preço, tudo requer que algum tipo de sacrifício seja feito por nós. E a pergunta que nunca podemos deixar de nos fazer é: quando é que o preço a se pagar é alto demais? Onde colocamos o limite? Saber o quê queremos e do que abriremos mão para conseguir é fundamental.
Eu estou tranquilo com as opções que fiz e com os caminhos que tenho trilhado, mas não consigo evitar de – vez que outra – olhar para o lado, para a vida que optei por não mais viver (e que era boa também, mas não era exatamente o que eu queria) e pensar como estaria sendo. Apenas por uns momentos, contudo.
Porque estou onde queria estar.
Até.
Nenhum comentário:
Postar um comentário