Eu sou uma fraude, um impostor.
Não, não sou.
Quando, ao longo de minha trajetória, eu pensava isso, que eu estava enganando as pessoas e elas em breve descobririam que eu não sabia o que estava fazendo, eu estava apenas manifestando sintomas da Síndrome do Impostor, da qual já falei muitas vezes. E eu estava enganado.
Ninguém consegue enganar tanta gente por tanto tempo. Trinta anos de profissão mostram que eu não era uma enganação. Tinha, isso sim, assim como tenho até hoje – felizmente – muito o que aprender, e isso é o que é legal na vida. Estar – proposital e conscientemente – sempre aprendendo é sensacional.
Dizia que ninguém engana tanta gente por tanto tempo, e você pode estar pensando em alguns políticos brasileiros que estão até hoje por aí, apesar de dizerem o que dizem e fazerem o que fazem. Independente de serem esquerda ou direita. Mas aí não estão enganando ninguém: quem os apoia é cúmplice. Simples assim.
Quando, então, ocorre (episódios raros hoje em dia) de subitamente ser acometido por essa sensação de ser um impostor, a primeira coisa que me condicionei a pensar é exatamente isso: “ninguém engana tanta gente tanto tempo”. O que é tranquilizador.
Assim posso transitar pelos vários ambientes em que transito em paz.
Até.
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