Sigo em minha jornada.
Diariamente, ao me deparar com algumas das situações potencialmente perturbadoras da rotina, tenho procurado mudar a forma com que vejo e lido com elas. Diferentes situações, diferentes abordagens.
Como com o trânsito, assunto recorrente.
Desde o ‘não é sobre mim’, mantra para quando as pessoas cometem infrações em minha frente e – já sei – não devo me manifestar (buzinando, por exemplo), até o ser (exageradamente) cortês nessa relação com outros motoristas, o que – admito – deveria ser regular.
Ainda tenho meus deslizes, contudo, e bem 'feios'.
Esses dias voltando para casa em uma movimentada avenida de Porto Alegre, bem em minha frente os carros faziam sistemicamente uma conversão à esquerda proibida, a despeito de uma placa sinalizando isso, uma segunda placa dizendo ‘respeite a sinalização’ e mais uma placa avisando mais uma vez a proibição. Por um “deslize” meu, comecei - estupidamente - a dar luz alta insistentemente para os carros da frente para sinalizar que estavam infringindo a lei de trânsito. Não deveria fazer, eu sei.
O carro logo a minha frente parou, mesmo com o sinal aberto para ele, metros antes de ele fazer a conversão proibida. Vi que baixou o vidro e falou alguma coisa. Eu estava com os vidros fechados e levando a Marina e uma amiga de carona. Pensei em baixar o vidro e blefar: “Anda, ou começo a atirar”, (com a minha arma imaginária), pensei em dizer.
Claro que não falei.
Calmo, mas atento, esperei ele sair com o carro, me xingando como se estivesse com razão, para seguir em frente. Só que ele não tinha razão, assim como eu também não tinha. Quem poderia levar um tiro era eu, e eu ainda tinha passageiras comigo. Ele estava errado, sim, mas eu não tinha nada a ver com isso.
Não era sobre mim, eu sabia, mas parecia ter esquecido.
Me penitenciei por isso.
Sigo trabalhando para melhorar.
E nem falei do fear of missing out...
Até.
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