segunda-feira, março 03, 2025

Segunda-feira, carnaval

Pois é.

 

Enquanto passo o carnaval por aí, longe do que chamam de ‘folia’, lembro que já fui bem mais entusiasmado com relação a esse período. Uma fase, que foi divertida e teve seu momento, que – evidentemente – passou.

 

Mesmo durante esse tempo, os carnavais que tinham minha predileção eram os de um tempo em que não vivi, eram os carnavais do passado, das marchinhas e dos bailes de salão, muito bem representados em uma música que serviu, sim, de estopim para essa nostalgia.

 

‘Noite dos Mascarados’, do Chico Buarque, lançada em 1967, em dueto com a cantora Jane Moraes.


 

Noite Dos Mascarados

Quem é você?
Adivinha se gosta de mim
Hoje os dois mascarados
Procuram os seus namorados
Perguntando assim

Quem é você?, diga logo
Que eu quero saber o seu jogo
Que eu quero morrer no seu bloco
Que eu quero me arder no seu fogo

Eu sou ceresteiro, poeta e cantor
O meu tempo inteiro só penso no amor
Eu tenho um pandeiro
Só quero um violão
Eu nado em dinheiro
Não tenho um tostão
Fui porta-estandarte, não sei mais dançar
Eu, modéstia à parte, nasci para sambar
Eu sou tão menina
Meu tempo passou
Eu sou Colombina
Eu sou Pierrot

Mas é Carnaval, não me diga mais quem é você
Amanhã tudo volta ao normal
Deixa a festa acabar
Deixa o barco correr
Deixa o dia raiar
Que hoje eu sou da maneira
E você me quer
O que você pedir, eu lhe dou
Seja você quem for
Seja o que Deus quiser
Seja você quem for

Seja o que Deus quiser


Até. 

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