Eu não gostaria de ter uma coluna diária em jornal.
Mentira.
É óbvio que eu gostaria, mas não tenho certeza de que conseguiria – ao escrever diariamente em um jornal de grande circulação – evitar de falar sobre as tragédias do mundo. E eu não quero mesmo escrever sobre elas. Porque elas estão aí, estão todos os lugares, em letras garrafais (figuradamente falando ou não) e não temos como evitá-las.
Já somos expostos demais a notícias ruins.
Prefiro olhar para o meu umbigo (fazia tempo que não falava dele), no meu próprio mundo. Ou na forma que vejo o mundo com o viés de admiração e encantamento. Não quero saber de mortes e roubos e corrupção e muito menos de guerra. Porque tudo isso está aí o tempo todo, como falei.
Precisamos de espaços de paz em meio à loucura de todos os dias. Precisamos de arte para colorir nossos dias. Menos tensão e mais música.
Talvez eu me contaminasse e escrevesse sobre mortes de mulheres e crianças, talvez eu não conseguisse evitar. Mas eu tentaria, porque precisamos de assuntos leves para levarmos nossas vidas. Principalmente porque os assuntos pesados estão sempre atravancando nosso caminho.
E porque hoje é sexta-feira.
Até.
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