quinta-feira, março 13, 2025

Fora do Armário

Escrevo regularmente, contos e crônicas, em maior ou menor frequência, há mais de vinte anos, com toda certeza. Então, me considero um escritor (um contador de histórias) há, no mínimo, esse tempo. Só fui me assumir publicamente, dizer para as pessoas em geral, que eu era um escritor, somente quando foi publicado o meu primeiro livro de crônicas.

 

Eu me sabia escritor, mas não havia assumido publicamente antes da materialidade, antes de ter em mãos o produto físico do meu trabalho, mesmo que publicasse online há esse tempo todo. Só “saí do armário” quando tinha algo a mostrar (o livro, no caso).

 

Parece que necessitava de validação externa.

 

O que não seria uma novidade em minha vida, admito. E recorro ao assunto da influência da opinião alheia da vida das pessoas (no caso, a minha), que é algo que venho tentando (e lentamente conseguindo) superar.

 

Lembrei disso quando fui escrever o press release para o evento de hoje no Peppo Cucina, o Ora Felice, em que o Thiago Vitola (meu sócio na School of Rock Benjamin) e eu vamos fazer, colocando som e – talvez – tocando algo. Vai ser bem legal, aliás. Todos convidados.

 

Me defini, ao escrever, como médico, escritor, empreendedor e músico amador, que é o que sou, ou me considero. Recebi, por mensagem, uma corneta positiva: eu deveria dizer que sou ‘músico’, não ‘músico amador’. 

 

Pois é.

 

Não sei, na verdade. Sou um aprendiz, ainda e sempre, não sou músico profissional, certamente, e sei que tenho muito o que aprender e praticar. Estou tranquilo com isso. E satisfeito. 

 

O próximo passo da evolução é, passar de 'músico amador', para ‘músico (amador)’. Só depois de um tempo sinto que poderei retirar o que está entre parênteses.


Com calma, sem pressa.


Se é que vai acontecer algum dia.


Não importa.


Até. 

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