Tenho pensado na finitude.
Pode ser a proximidade com o meu aniversário, ou motivado por eventos recentes em que conhecidos de mesma idade, ou até mais jovens que eu, morreram subitamente, mas a noção de que tudo terá um fim em algum momento e que – na maior parte das vezes - não conseguimos prever o quando, tem, sim, me deixado mais reflexivo. Não é um pensamento novo, esse da finitude e mortalidade, afinal passei por esse tipo de experiência (quase morrer) bem jovem, aos dezoitos anos.
O que sempre me faz pensar em como tenho vivido.
Se as escolhas que faço no meu dia a dia estão alinhadas com o que quero para minha vida, com os meus objetivos de longo prazo. Se tenho vivido o presente de verdade, sem estar preso ao passado ou a espera de um possível futuro. Se tenho feito esse balanço, entre o viver e o me cuidar, que não são opostos, aprendi há um tempo.
Se tenho dito para as pessoas importantes para mim que elas são importantes para mim. Se tenho estado presente enquanto estou com elas, não perdido olhando para o celular. Se tenho dado atenção às pessoas que merecem minha atenção, pois hoje em dia dar atenção é a maior prova de amor.
Se cuido de mim, de minha saúde e de meus pensamentos, porque cuidar de mim é também uma prova de amor às pessoas que são importantes para mim, assim como cuidar delas, estar disponível quando precisarem de mim. Se tenho sido tolerante com quem merece minha tolerância. Se tenho sido amigo, como deveria.
Como um veleiro no mar, de tempos em tempos ajusto às velas conforme as variações do vento, sempre com o pensamento em onde e com quem quero chegar.
Até.
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