sábado, fevereiro 19, 2005

Que momento!

Quando, em janeiro de 2000, decidimos que iríamos passar o Natal na Neve, a primeira opção foi uma estação de esqui aqui no Canadá. A partir daí, numa série de associações, upgrades e delírios, evoluímos de estação de esqui (Mont Tremblant) no Natal e Ano Novo em Nova York para Natal nos Alpes italianos e Ano Novo em Paris. Como estaríamos na Itália, tínhamos que conhecê-la, então imaginamos uma semana na Itália antes do Natal e depois indo para Paris no Ano Novo.

Em virtude do preço das passagens aéreas, relacionados com alta temporada, concluímos que valia à pena sair uns dias antes e a diferença pagaria os gastos nos dias a mais na Itália. No final das contas, saímos de Porto Alegre no dia 08 de dezembro direto para Roma, onde ficamos até dia 13, quando pegamos o carro (leasing de Renault Megane, ganhamos um upgrade para um Laguna) e fizemos um tour pela Itália até o Natal, que passamos na pequena Oberassen, um pouco ao norte de Brunico, próxima à fronteira com a Áustria.

Logo após o Natal, seguimos de carro e cruzamos os Alpes para o norte pela passagem de Brener e seguimos pela Alemanha e daí à França, Alsácia, Champagne até Paris. Fomos em cinco: o Magno, o Caio, a Aline, a Jacque e eu. Como tínhamos idéias de roteiro um pouco diferentes, alugamos dois carros e o Magno fez a Itália com o Caio e a Aline e a partir do Natal comigo e com a Jacque.

A viagem foi ótima, com muitos momentos memoráveis, entre eles a ceia de Natal no Hotel Andreas Hofer e a passagem de ano (e milênio) na chuva e no barro embaixo da Torre Eiffel e depois voltar caminhando até o hotel no Quartier Latin cantando na chuva.

Mas antes ainda de chegarmos na França, cruzávamos pela Schwarzwald (Floresta Negra), o Magno dirigindo, eu de co-piloto dormindo (isso rende uma outra história) e a Jacque no banco de trás comandando os suprimentos de bolachas, gomas de mascar, e toda forma de guloseimas, e ouvindo Beatles no Cd player, logo após passarmos pelo Mummelsee, que estava congelado, sou acordado pela gritaria dos dois que param o carro aos gritos de “Que momento, que momento!” (expressão típica nossa daquela época). Tinham avistado o que acharam de início ser um grande lago mas que se revelou depois uma densa camada de neblina. Nesse monento, tocava Hey Jude, e ficou marcada desde então.

Foi nessa mesma neblina que mergulhamos ao chegar em Baden-Baden naquele final de dia, e foi o que motivou o surgimento de uma expressão nossa para locais enfumaçados ou com neblina: “Está super Baden-Baden isso aqui”.

Vou parar por aqui porque uma lembrança leva à outra e vou passar o resto da noite contando histórias que vivemos. Não é a intenção, não hoje.


Hey jude, don’t make it bad.
Take a sad song and make it better.
Remember to let her into your heart,
Then you can start to make it better.

Hey jude, don’t be afraid.
You were made to go out and get her.
The minute you let her under your skin,
Then you begin to make it better.

And anytime you feel the pain, hey jude, refrain,
Don’t carry the world upon your shoulders.
For well you know that it’s a fool who plays it cool
By making his world a little colder.

Hey jude, don’t let me down.
You have found her, now go and get her.
Remember to let her into your heart,
Then you can start to make it better.

So let it out and let it in, hey jude, begin,
You’re waiting for someone to perform with.
And don’t you know that it’s just you, hey jude, you’ll do,
The movement you need is on your shoulder.

Hey jude, don’t make it bad.
Take a sad song and make it better.
Remember to let her under your skin,
Then you’ll begin to make it
Better better better better better better, oh.

Na na na na na ,na na na, hey jude...

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