Quinta-feira, treze horas.
Reunião de preparação de um estudo que vai começar nos próximos dias, mas que já deveria ter começado há algum tempo. Estamos atrasados no cronograma, e o limite para iniciarmos (imposto por nós mesmos) está se esgotando.
Mesa grande, somos onze reunidos. Na ponta, a coordenadora do instituto que está comandando o estudo. Na outra ponta, eu, mas sem que isso signifque nada além de eu estar em frente à chefe. Longa pauta a percorrer. Discutimos vários aspectos que estão pendentes, acertamos detalhes, dirimimos dúvidas.
Em determinado momento, a chefe diz que o estudo tem que “sair do chão”, ou seja, que devemos começar a incluir pacientes. Olha para todos na sala, e diz que quem vai comandar o processo… vou ser eu. Concordo em silêncio, sem estresse, estou aqui para isso mesmo, vamos lá então.
De repente, sinto gosto de sangue na boca.
Aí percebo aquela dor como uma pontada bem fina, como se fosse uma faca trespassando… meu lábio inferior. Mordi o lábio inferior (um dos riscos de se mascar chicletes) e sangro.
A partir daí não consigo mais prestar atenção ao que dizem, imaginando mil estórias absurdas a partir dessa situação. Tubarões, vampiros, sanguessugas. Sexta-feira 13, Nightmare in Elm Street, e outros chavões de filmes de terror.
É incrível a minha capacidade de abstração ou, melhor, distração…
Até.
Um comentário:
Meus Parabens! Vai liderar o grupo, muito bom!!!
Beijao
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