Uma pequena história sobre ética na administração pública:
Ao ver Lula defendendo seu filho que recebeu R$ 15 milhões de reais da TELEMAR para tocar sua empresa, Élio Gáspari publicou essa história tirada do fundo do baú:
Em 1966 o presidente Castello Branco leu nos jornais que seu irmão, funcionário com cargo na Receita Federal, ganhara um carro Aero-Willys, agradecimento dos colegas funcionários pela ajuda que dera na lei que organizava a carreira.
O presidente telefonou mandando que ele devolvesse o carro. O irmão argumentou que se devolvesse ficaria desmoralizado em seu cargo. O presidente Castelo Branco interrompeu-o dizendo:
'Meu irmão, afastado do cargo você já está. Estou decidindo agora se você vai preso ou não'...
Pois é.
Até.
Crônicas e depoimentos sobre a vida em geral. Antes o exílio; depois, a espera. Agora, o encantamento. A vida, afinal de contas, não é muito mais do que estórias para contar.
terça-feira, março 31, 2009
domingo, março 29, 2009
A Sopa 08/34
Que o que acontece à minha volta influencia no que escrevo, é óbvio, afinal me sinto também um cronista do cotidiano, além de contador de histórias, como sempre me defini.
Mas isso não quer dizer que eu use esse espaço para mandar recados ou dar indiretas, pois não faço. Até porque, se fizesse, não teria problema nenhum, afinal sou livre para escrever o que quiser, assim como o leitor é livre para não ler mais. Só que não é o caso.
Então não adianta vir dizendo “ah, entendi para quem é o recado”. Não entendeu, até porque não era um recado. Simples assim. Sou do tempo – ou faz parte do meu jeito de ser – em que dizíamos o que deveria ser dito na cara, sem papas na língua. De novo: a motivação até pode ser um evento ocorrido comigo ou com alguém próximo, mas o texto é escrito a partir disso, não por isso, não para resolver a situação.
#
Há certa polêmica em Porto Alegre devido a uma entrevista dada pelo Arcebispo de Porto Alegre, Dom Dadeus Grings, em que ele afirma – falando sobre o holocausto – que morreram muito mais católicos que judeus na II Grande Guerra. Em termos puramente numéricos, ele tem razão, até por uma questão de proporções: havia (e há) menos judeus que católicos no mundo.
Mas não é esse o ponto central da questão.
O que se sabe é que – sim – os judeus foram vítimas de uma tentativa sistemática, organizada, de extermínio pelo nazistas, num dos episódios mais obscuros (no sentido de trevas, falta de luz) da história do homem. Ninguém em sã consciência pode negar isso e, mais, não temos o direito de esquecer o ocorrido nos campos de concentração na tentativa de evitar que algo parecido com isso se repita no futuro. Ponto.
Por outro lado (há outro lado a ser olhado, sim) devemos saber que o holocausto judeu ocorrido na segunda guerra não foi o único na história. Povos têm sido exterminados, dizimados, ao longo da história, pelas mais diversas razões. Por sua religião, cor, nacionalidade, por território, por dinheiro. Talvez o holocausto judeu tenha mais publicidade, mas isso não é o importante.
Temos que estar atentos e não aceitar de nenhuma forma que eventos desse tipo ocorram. Não importa onde, com quem ou por qual razão.
Até.
Mas isso não quer dizer que eu use esse espaço para mandar recados ou dar indiretas, pois não faço. Até porque, se fizesse, não teria problema nenhum, afinal sou livre para escrever o que quiser, assim como o leitor é livre para não ler mais. Só que não é o caso.
Então não adianta vir dizendo “ah, entendi para quem é o recado”. Não entendeu, até porque não era um recado. Simples assim. Sou do tempo – ou faz parte do meu jeito de ser – em que dizíamos o que deveria ser dito na cara, sem papas na língua. De novo: a motivação até pode ser um evento ocorrido comigo ou com alguém próximo, mas o texto é escrito a partir disso, não por isso, não para resolver a situação.
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Há certa polêmica em Porto Alegre devido a uma entrevista dada pelo Arcebispo de Porto Alegre, Dom Dadeus Grings, em que ele afirma – falando sobre o holocausto – que morreram muito mais católicos que judeus na II Grande Guerra. Em termos puramente numéricos, ele tem razão, até por uma questão de proporções: havia (e há) menos judeus que católicos no mundo.
Mas não é esse o ponto central da questão.
O que se sabe é que – sim – os judeus foram vítimas de uma tentativa sistemática, organizada, de extermínio pelo nazistas, num dos episódios mais obscuros (no sentido de trevas, falta de luz) da história do homem. Ninguém em sã consciência pode negar isso e, mais, não temos o direito de esquecer o ocorrido nos campos de concentração na tentativa de evitar que algo parecido com isso se repita no futuro. Ponto.
Por outro lado (há outro lado a ser olhado, sim) devemos saber que o holocausto judeu ocorrido na segunda guerra não foi o único na história. Povos têm sido exterminados, dizimados, ao longo da história, pelas mais diversas razões. Por sua religião, cor, nacionalidade, por território, por dinheiro. Talvez o holocausto judeu tenha mais publicidade, mas isso não é o importante.
Temos que estar atentos e não aceitar de nenhuma forma que eventos desse tipo ocorram. Não importa onde, com quem ou por qual razão.
Até.
sábado, março 28, 2009
terça-feira, março 24, 2009
domingo, março 22, 2009
A Sopa 08/33
Rompimentos são sempre dolorosos.
Não importa o que os envolvidos façam para amenizar a dor do final, desse sofrimento ninguém escapa. É natural, é da vida. A decisão de terminar traz como consequência a dor, que vai ser maior quanto maior o tempo e a intensidade da relação. Quem decide colocar o ponto final deve estar preparado para o que vem adiante.
Sempre penso nisso, e procuro deixar bem claro, quando estou tratando um paciente que quer deixar de fumar. Pareço a ele, inconscientemente ou não, o inimigo, alguém que separá-lo do seu grande amigo, do companheiro de muitos anos. Como competir com um hábito de mais de vinte anos, por exemplo?
Procuro entender a situação, deixo bem claro, mas devo ser persistente e – sob certo ponto de vista – irredutível, mas sem me tornar efetivamente o “inimigo”. Sinto como se fosse um pai orientando um filho a abandonar um relacionamento suicida. Devo ter muito cuidado com o quê e como eu digo as coisas. Ter empatia, criar uma aliança, mostrar que estou jogando no mesmo time e que o resultado no final vale à pena.
Um desafio, sem dúvida, um desafio.
#
Ainda falando em rompimentos, livrar-nos de antigos hábitos que já não nos são saudáveis (o cigarro não se enquadra nesse tipo porque nunca é saudável) também é difícil. Afastarmo-nos de pessoas que não nos fazem bem, ou que não valem o esforço de mantê-las próximas, pode ser muito difícil também, como uma dependência da qual não temos controle.
Eu tenho tentado me livrar de todos aqueles que não valem o esforço.
#
Vinte e dois de março é o aniversário de um grande (escrito com letras maiúsculas e deferência) amigo, daqueles poucos que o são há muito tempo. Aliás, daqueles poucos que posso dizer que me conhecem a maior parte da minha vida. Parabéns, pai da Mariana...
Até.
Não importa o que os envolvidos façam para amenizar a dor do final, desse sofrimento ninguém escapa. É natural, é da vida. A decisão de terminar traz como consequência a dor, que vai ser maior quanto maior o tempo e a intensidade da relação. Quem decide colocar o ponto final deve estar preparado para o que vem adiante.
Sempre penso nisso, e procuro deixar bem claro, quando estou tratando um paciente que quer deixar de fumar. Pareço a ele, inconscientemente ou não, o inimigo, alguém que separá-lo do seu grande amigo, do companheiro de muitos anos. Como competir com um hábito de mais de vinte anos, por exemplo?
Procuro entender a situação, deixo bem claro, mas devo ser persistente e – sob certo ponto de vista – irredutível, mas sem me tornar efetivamente o “inimigo”. Sinto como se fosse um pai orientando um filho a abandonar um relacionamento suicida. Devo ter muito cuidado com o quê e como eu digo as coisas. Ter empatia, criar uma aliança, mostrar que estou jogando no mesmo time e que o resultado no final vale à pena.
Um desafio, sem dúvida, um desafio.
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Ainda falando em rompimentos, livrar-nos de antigos hábitos que já não nos são saudáveis (o cigarro não se enquadra nesse tipo porque nunca é saudável) também é difícil. Afastarmo-nos de pessoas que não nos fazem bem, ou que não valem o esforço de mantê-las próximas, pode ser muito difícil também, como uma dependência da qual não temos controle.
Eu tenho tentado me livrar de todos aqueles que não valem o esforço.
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Vinte e dois de março é o aniversário de um grande (escrito com letras maiúsculas e deferência) amigo, daqueles poucos que o são há muito tempo. Aliás, daqueles poucos que posso dizer que me conhecem a maior parte da minha vida. Parabéns, pai da Mariana...
Até.
sábado, março 21, 2009
Sábado (e os momentos especiais)
Entre as poucas verdades absolutas (para mim, claro), uma diz respeito aos sábados de manhã (e faço questão de reafirmá-la sempre).
O sábado de manhã é o melhor momento da semana.
As origens dessa minha crença são antigas, do tempo em que eu fazia educação física aos sábados de manhã no Parque Farroupilha, a Redenção, em Porto Alegre. Jogávamos basquete, vôlei, era bem legal. O melhor, contudo, era caminhar no parque cedo da manhã.
Depois disso, passei a ter uma relação sentimental com o sábado, e com sua manhã.
Agora que a Marina nasceu, os sábados tomaram outra cor: é o começo do final de semana, quando ficamos juntos o tempo todo, e temos - desde que março chegou - a Jacque, Marina e eu, ido caminhar no Parcão na manhã do sábado (eu corro). Hoje - por outras razões - levei a Marina para dar uma volta na Redenção.
As pessoas caminhando, jogos de futebol e vôlei, assim como eu fazia há mais de vinte anos. Manhã de sol, sentados sob a sombra das árvores.
O melhor momento da vida.
Até.
Marina, no final de semana passado
O sábado de manhã é o melhor momento da semana.
As origens dessa minha crença são antigas, do tempo em que eu fazia educação física aos sábados de manhã no Parque Farroupilha, a Redenção, em Porto Alegre. Jogávamos basquete, vôlei, era bem legal. O melhor, contudo, era caminhar no parque cedo da manhã.
Depois disso, passei a ter uma relação sentimental com o sábado, e com sua manhã.
Agora que a Marina nasceu, os sábados tomaram outra cor: é o começo do final de semana, quando ficamos juntos o tempo todo, e temos - desde que março chegou - a Jacque, Marina e eu, ido caminhar no Parcão na manhã do sábado (eu corro). Hoje - por outras razões - levei a Marina para dar uma volta na Redenção.
As pessoas caminhando, jogos de futebol e vôlei, assim como eu fazia há mais de vinte anos. Manhã de sol, sentados sob a sombra das árvores.
O melhor momento da vida.
Até.
Marina, no final de semana passado
sexta-feira, março 20, 2009
quarta-feira, março 18, 2009
Paris
No ótimo blog Conexão Paris, escrito talentosamente pela Lina, um texto tem provocado muitos comentários. É a respeito de um e-mail que ela recebeu de uma pessoa que morava no Japão e havia visitado Paris após ter lido o blog, e ficara decepcionada com a cidade: suja, com monumentos mal cuidados, mendigos. A Paris que a Lina descrevia não existia, era uma fantasia.
Entre os muitos comentários, dei o meu "pitaco", e lembrei do caso de Florença.
Só para lembrar: tenho amigos que visitaram Florença pela primeira vez acompanhados de outro amigo que já conhecia a cidade e não gostara. Como resultado, não gostaram também. Eu conheci Florença pelos olhos de alguém que adorava a cidade, e até hoje ela está entre as minhas minhas preferidas.
Viajar é, concluí, uma experiência completamente pessoal e subjetiva. Depende de muitos fatores, do momento de vida, da companhia, de tudo.
O melhor exemplo disso, descobri na caixa de comentários, é esse comercial da Lufthansa, de 1998. Vejam e me digam se não é perfeito?
Até.
Entre os muitos comentários, dei o meu "pitaco", e lembrei do caso de Florença.
Só para lembrar: tenho amigos que visitaram Florença pela primeira vez acompanhados de outro amigo que já conhecia a cidade e não gostara. Como resultado, não gostaram também. Eu conheci Florença pelos olhos de alguém que adorava a cidade, e até hoje ela está entre as minhas minhas preferidas.
Viajar é, concluí, uma experiência completamente pessoal e subjetiva. Depende de muitos fatores, do momento de vida, da companhia, de tudo.
O melhor exemplo disso, descobri na caixa de comentários, é esse comercial da Lufthansa, de 1998. Vejam e me digam se não é perfeito?
Até.
domingo, março 15, 2009
A Sopa 08/32
Fazer exercícios regularmente e comer com moderação.
Chega um momento da vida em que essas duas regras tornam-se mais que obrigatórias, tornam-se fundamentais para um boa qualidade de vida. Mais além, elas viram – de certa forma – fardos que devemos carregar para sempre.
Lembro de há uns bons anos, quando estava na adolescência e depois iniciando a vida adulta, em que as regras descritas previamente eram negligenciáveis. Era um tempo de rodízios de pizza, fast foods e lanches sem preocupação com ganho de peso, e que – mesmo após meses sem fazer atividades físicas – podíamos jogar futebol a qualquer momento que correríamos os noventa minutos sem problemas.
Como tudo no mundo, esse tempo passou.
Lembro, então, de estarmos caminhando uma tarde pelo Bois de Bologne, em Paris, e pararmos para nos pesar numa balança pública e eu perceber que nunca pesara tanto na vida até aquele momento, e perceber que hoje eu me sentiria muito magro com o peso daquela tarde que terminou com um espaguete a fruits de mer num restaurante italiano no Quartier Latin.
De lá para cá, só piorou.
Mas não pretendo falar de mim, do meu caso. Falo de algo geral, do momento da vida em que olhamos para frente e percebemos que “precisamos nos cuidar”, porque a qualquer momento o tempo pode cobrar sua dívida. Falo de quando percebemos que não temos todo o tempo do mundo.
Mais importante, chega um momento em que percebemos que existe alguém que depende totalmente de nós, que somos responsáveis pelo bem estar de um ser que não pediu para vir ao mundo e por quem nutrimos um amor incondicional, uma sentimento muito maior do que o maior sentimento que podemos ter sentido até aquele momento, e que nos arrebata. É o momento em que temos noção de nossa fragilidade e ao mesmo tempo de nossa força, em que nos vemos pequenos e insignificantes e também gigantes, importantes.
E percebemos que não podemos faltar.
Por isso a preocupação com nossa saúde. Temos que ser saudáveis, aptos a tudo para poder cuidar de quem depende de nós. Surge, finalmente, a motivação para levar uma vida saudável. Alimentação correta, atividade física regular. Faz bem, melhora a auto-estima, mas traz outra constatação: é para sempre.
Todo cuidado é pouco.
Até.
Chega um momento da vida em que essas duas regras tornam-se mais que obrigatórias, tornam-se fundamentais para um boa qualidade de vida. Mais além, elas viram – de certa forma – fardos que devemos carregar para sempre.
Lembro de há uns bons anos, quando estava na adolescência e depois iniciando a vida adulta, em que as regras descritas previamente eram negligenciáveis. Era um tempo de rodízios de pizza, fast foods e lanches sem preocupação com ganho de peso, e que – mesmo após meses sem fazer atividades físicas – podíamos jogar futebol a qualquer momento que correríamos os noventa minutos sem problemas.
Como tudo no mundo, esse tempo passou.
Lembro, então, de estarmos caminhando uma tarde pelo Bois de Bologne, em Paris, e pararmos para nos pesar numa balança pública e eu perceber que nunca pesara tanto na vida até aquele momento, e perceber que hoje eu me sentiria muito magro com o peso daquela tarde que terminou com um espaguete a fruits de mer num restaurante italiano no Quartier Latin.
De lá para cá, só piorou.
Mas não pretendo falar de mim, do meu caso. Falo de algo geral, do momento da vida em que olhamos para frente e percebemos que “precisamos nos cuidar”, porque a qualquer momento o tempo pode cobrar sua dívida. Falo de quando percebemos que não temos todo o tempo do mundo.
Mais importante, chega um momento em que percebemos que existe alguém que depende totalmente de nós, que somos responsáveis pelo bem estar de um ser que não pediu para vir ao mundo e por quem nutrimos um amor incondicional, uma sentimento muito maior do que o maior sentimento que podemos ter sentido até aquele momento, e que nos arrebata. É o momento em que temos noção de nossa fragilidade e ao mesmo tempo de nossa força, em que nos vemos pequenos e insignificantes e também gigantes, importantes.
E percebemos que não podemos faltar.
Por isso a preocupação com nossa saúde. Temos que ser saudáveis, aptos a tudo para poder cuidar de quem depende de nós. Surge, finalmente, a motivação para levar uma vida saudável. Alimentação correta, atividade física regular. Faz bem, melhora a auto-estima, mas traz outra constatação: é para sempre.
Todo cuidado é pouco.
Até.
sábado, março 14, 2009
quinta-feira, março 12, 2009
quarta-feira, março 11, 2009
segunda-feira, março 09, 2009
domingo, março 08, 2009
A Sopa 08/31
Oito de março, há quatorze anos.
Confesso que nunca fui muito bom em relacionamentos amorosos, em termos de longevidade. Por alguma razão inexplicável (provavelmente minha pouca idade), eles tinham uma duração média menor que seis meses. E, provavelmente por isso, desenvolvi o “princípio do ano” para relacionamentos. Esse princípio diz que um ano de relacionamento é o bastante para o casal saber se é definitivo o não.
Quando digo definitivo quero dizer que o relacionamento vai progredir para estabilidade, e que – em princípio – deve ser “para sempre”. Não que vá durar até que a morte os separe, porque muita coisa acontece, mas a intenção deve ser essa. Em outras palavras, em um ano de relação é possível saber se a pessoa é realmente “a pessoa”. Se for, podem ir adiante, como preferirem. Casar, morar junto, o que for. Seguir para o próximo estágio, em suma. Caso contrário, para que permanecer juntos? Isso não incluiu, obviamente, que quer e não tem condições de casar, por exemplo. A minha teoria, o princípio, se refere a quem pode e não faz.
Nunca entendi aqueles namoros de cinco, ou seis, ou dez anos, sem dar um passo em frente. Até que um dia acaba... E nada. Perda de tempo, a impressão que sempre tive (certamente porque não passei por isso, claro). De qualquer maneira, importante dizer que fiz essa teoria quando não tinha ficado mais de seis meses com a mesma namorada, o que – de certa forma – faz todo o sentido, afinal de contas se eu conseguisse ficar com a mesma pessoa por um ano, ele deveria ser a pessoa certa para mim.
Quatorze anos atrás, em primeiro de janeiro de 1995, recém formado, prestes a iniciar a residência médica em pneumologia, com uma namorada há sete meses, decidimos terminar – porque a relação já não vinha boa - no final do feriado de ano novo. Ia começar a nova etapa da vida sozinho, zerado. No dia dois de janeiro, primeiro dia de trabalho, conheci a Jacque, e achei “muita areia pro meu caminhãozinho”.
Em oito de março, ficamos juntos e começamos a namorar, e minha teoria foi por água abaixo.
Um ano? Que nada!
Dois meses depois de estarmos juntos, já sabíamos que iríamos nos casar, o que aconteceu um ano e meio depois de começarmos. Deu certo.
Hoje, quatorze anos depois, escrevo essa Sopa de domingo na nossa casa, com a nossa filha, Marina, dormindo no carrinho ao meu lado.
Até.
Confesso que nunca fui muito bom em relacionamentos amorosos, em termos de longevidade. Por alguma razão inexplicável (provavelmente minha pouca idade), eles tinham uma duração média menor que seis meses. E, provavelmente por isso, desenvolvi o “princípio do ano” para relacionamentos. Esse princípio diz que um ano de relacionamento é o bastante para o casal saber se é definitivo o não.
Quando digo definitivo quero dizer que o relacionamento vai progredir para estabilidade, e que – em princípio – deve ser “para sempre”. Não que vá durar até que a morte os separe, porque muita coisa acontece, mas a intenção deve ser essa. Em outras palavras, em um ano de relação é possível saber se a pessoa é realmente “a pessoa”. Se for, podem ir adiante, como preferirem. Casar, morar junto, o que for. Seguir para o próximo estágio, em suma. Caso contrário, para que permanecer juntos? Isso não incluiu, obviamente, que quer e não tem condições de casar, por exemplo. A minha teoria, o princípio, se refere a quem pode e não faz.
Nunca entendi aqueles namoros de cinco, ou seis, ou dez anos, sem dar um passo em frente. Até que um dia acaba... E nada. Perda de tempo, a impressão que sempre tive (certamente porque não passei por isso, claro). De qualquer maneira, importante dizer que fiz essa teoria quando não tinha ficado mais de seis meses com a mesma namorada, o que – de certa forma – faz todo o sentido, afinal de contas se eu conseguisse ficar com a mesma pessoa por um ano, ele deveria ser a pessoa certa para mim.
Quatorze anos atrás, em primeiro de janeiro de 1995, recém formado, prestes a iniciar a residência médica em pneumologia, com uma namorada há sete meses, decidimos terminar – porque a relação já não vinha boa - no final do feriado de ano novo. Ia começar a nova etapa da vida sozinho, zerado. No dia dois de janeiro, primeiro dia de trabalho, conheci a Jacque, e achei “muita areia pro meu caminhãozinho”.
Em oito de março, ficamos juntos e começamos a namorar, e minha teoria foi por água abaixo.
Um ano? Que nada!
Dois meses depois de estarmos juntos, já sabíamos que iríamos nos casar, o que aconteceu um ano e meio depois de começarmos. Deu certo.
Hoje, quatorze anos depois, escrevo essa Sopa de domingo na nossa casa, com a nossa filha, Marina, dormindo no carrinho ao meu lado.
Até.
sábado, março 07, 2009
Sábado (e a face da intolerância)
O arcebispo de Olinda e Recife, Dom José Cardoso Sobrinho, que diz que "...a lei de Deus está acima de todas as leis humanas. Se a lei humana não respeita à lei de Deus, passamos por cima da lei humana..."
Enquanto isso, milhares de mulheres morrem em clínicas clandestinas de aborto, abandonadas pela hipocrisia do estado e da igreja.
Até.
sexta-feira, março 06, 2009
Pai, perdoa-os porque não sabem o que dizem...
O médico que realizou o aborto na menina de 9 anos que estava grávida de gêmeos, Rivaldo Albuquerque, foi, pela segunda vez, excomungado da Igreja Católica. A primeira excomunhão do médico havia sido em 1996, quando o obstetra participou da criação do Serviço de Atenção a Mulheres Vítimas de Violência Sexual. O serviço faz abortos nos casos previstos em lei no Recife.
Rivaldo Albuquerque, que é católico praticante, disse que não vai deixar de ir à missa por causa disso. "O fato de ter sido excomungado não vai me impedir de pedir a Deus que nos ilumine, tanto a mim quanto a equipe", afirmou o obstetra.
O caso provocou polêmica em todo o mundo. O arcebispo de Recife e Olinda, dom José Cardoso Sobrinho, reafirmou sua posição contrária ao aborto e disse que o padrasto da menina, suspeito de ter praticado o abuso sexual, não está na lista dos excomungados.
"Ele cometeu um crime enorme, mas não está incluído na excomunhão. Porque existem tantos pecados graves... Esse padrasto, primeiro responsável, que estuprou a menina, é claro que cometeu um pecado gravíssimo; agora mais grave do que isso, sabe o que é? É o aborto, é eliminar uma vida inocente", disse o religioso.
As pessoas que são excomungadas pela Igreja Católica ficam proibidas de receber sacramentos como batismo, crisma, comunhão e casamento. A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) divulgou nota, nesta sexta, em que destaca o mandamento "Não matarás" e reforça as críticas feitas ao aborto.
Fonte: Terra
Rivaldo Albuquerque, que é católico praticante, disse que não vai deixar de ir à missa por causa disso. "O fato de ter sido excomungado não vai me impedir de pedir a Deus que nos ilumine, tanto a mim quanto a equipe", afirmou o obstetra.
O caso provocou polêmica em todo o mundo. O arcebispo de Recife e Olinda, dom José Cardoso Sobrinho, reafirmou sua posição contrária ao aborto e disse que o padrasto da menina, suspeito de ter praticado o abuso sexual, não está na lista dos excomungados.
"Ele cometeu um crime enorme, mas não está incluído na excomunhão. Porque existem tantos pecados graves... Esse padrasto, primeiro responsável, que estuprou a menina, é claro que cometeu um pecado gravíssimo; agora mais grave do que isso, sabe o que é? É o aborto, é eliminar uma vida inocente", disse o religioso.
As pessoas que são excomungadas pela Igreja Católica ficam proibidas de receber sacramentos como batismo, crisma, comunhão e casamento. A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) divulgou nota, nesta sexta, em que destaca o mandamento "Não matarás" e reforça as críticas feitas ao aborto.
Fonte: Terra
quarta-feira, março 04, 2009
Por que a Igreja Católica perde fiéis
Por pregar atitudes desumanas e cruéis como defender que não seja feito o aborto em uma menina de 9 anos, violentada pelo seu padrasto, grávida de gêmeos, e com menos de um metro e meio de altura e pesando trinta e poucos quilos, em outras palavras, uma gestação de altíssimo risco. Sem falar no trauma que essa menina deve ter com tudo isso.
Agora, excomunga os responsáveis pelo procedimento médico. Leia aqui.
E o padrasto, se for à missa e confessar-se, estará perdoado.
Precisa explicar mais?
Até.
Agora, excomunga os responsáveis pelo procedimento médico. Leia aqui.
E o padrasto, se for à missa e confessar-se, estará perdoado.
Precisa explicar mais?
Até.
segunda-feira, março 02, 2009
Por que voam as pedras?
Há algum tempo, decidi que não ia mais assistir futebol em estádio.
Naquele momento, sócio do Inter, eu tinha acesso gratuito a todos os jogos, e ia com certa frequência. Normalmente, como sócio, ficava na - como o nome revela - social. Próxima ao campo, chegava a reconhecer outros torcedores habituais.
Mas era muito chato.
Primeiro, porque boa parte de quem ia ao jogo estava lá só para reclamar, encher o saco. Os mesmo comentários idiotas, as mesmas manifestações estúpidas, ainda mais em um época em que o Inter ainda não havia sido campeão de tudo, o que não vem ao caso no momento. Logo após parar de ir ao estádio, mudei para o Canadá e, pela mudança, deixei de ser sócio.
Na volta do Canadá, o Inter jogava as semifinais da Libertadores da América, e pensei - estupidamente - que pareceria oportunismo me associar naquele momento. Não o fiz, como não fiz até hoje (o que pode mudar agora em época de centenário). De lá para cá (julho de 2006 até hoje) fui a, se não me engano, três jogos: a final da libertadores em que o Inter foi campeão, a um jogo do campeonato gaúcho do ano passado e, ontem, ao Grenal no Beira-Rio.
Fui por uma circunstância especial: me inscrevi para um sorteio e ganhei o ingresso. E fui sozinho.
Deixei o carro no estacionamento de um hospital próximo e fui a pé até o estádio, evidentemente dominado por torcedores colorados. Já faz um bom tempo em que Grenal em Porto Alegre tem praticamente torcedores de um só time, porque houve casos de violência e distúrbios. Atualmente, a torcida visitante chega e sai do estádio escoltada pela polícia, longe dos torcedores do time mandante, para justamente tentar evitar qualquer problema.
Asisti ao jogo e, assim que terminou (vitória do Inter, mas isso não vem ao caso) saí rapidamente para evitar o trânsito da saída do jogo. Não fui rápido o suficiente para passar antes dos torcedores gremistas...
Após andar parte do caminho, cheguei a um ponto em que não podia mais passar, policiais militares impediam a passagem porque os torcedores do grêmio passariam e queriam evitar o contato entre as torcidas. Fiquei ali, bem na frente do cordão de isolamento, esperando e ouvindo os comentários e entrevistas pós-jogo no rádio (com fones de ouvido) e observando o comportamento dos torcedores (de ambos os times).
Ridículo, infantil, o comportamento.
Xingamentos recíprocos, gestos racistas, toda forma de agressão verbal. Próximo a mim, um mais exaltado segurava um pedra. Andei alguns passos para longe dele, e vi um policial solicitar que ele largasse a pedra. De repente, voa um pedra vinda dos torcedores do grêmio, a atinge um torcedor, que sangra.
Entendo aí como pode descambar para a violência a raiva de uma torcida pela outra.
Respiro fundo, caminho até um bar e bebo um refrigerante.
Após alguns instantes, saio e vou para o carro e daí para casa.
Selvagem, o ser humano é mesmo selvagem.
Até.
Naquele momento, sócio do Inter, eu tinha acesso gratuito a todos os jogos, e ia com certa frequência. Normalmente, como sócio, ficava na - como o nome revela - social. Próxima ao campo, chegava a reconhecer outros torcedores habituais.
Mas era muito chato.
Primeiro, porque boa parte de quem ia ao jogo estava lá só para reclamar, encher o saco. Os mesmo comentários idiotas, as mesmas manifestações estúpidas, ainda mais em um época em que o Inter ainda não havia sido campeão de tudo, o que não vem ao caso no momento. Logo após parar de ir ao estádio, mudei para o Canadá e, pela mudança, deixei de ser sócio.
Na volta do Canadá, o Inter jogava as semifinais da Libertadores da América, e pensei - estupidamente - que pareceria oportunismo me associar naquele momento. Não o fiz, como não fiz até hoje (o que pode mudar agora em época de centenário). De lá para cá (julho de 2006 até hoje) fui a, se não me engano, três jogos: a final da libertadores em que o Inter foi campeão, a um jogo do campeonato gaúcho do ano passado e, ontem, ao Grenal no Beira-Rio.
Fui por uma circunstância especial: me inscrevi para um sorteio e ganhei o ingresso. E fui sozinho.
Deixei o carro no estacionamento de um hospital próximo e fui a pé até o estádio, evidentemente dominado por torcedores colorados. Já faz um bom tempo em que Grenal em Porto Alegre tem praticamente torcedores de um só time, porque houve casos de violência e distúrbios. Atualmente, a torcida visitante chega e sai do estádio escoltada pela polícia, longe dos torcedores do time mandante, para justamente tentar evitar qualquer problema.
Asisti ao jogo e, assim que terminou (vitória do Inter, mas isso não vem ao caso) saí rapidamente para evitar o trânsito da saída do jogo. Não fui rápido o suficiente para passar antes dos torcedores gremistas...
Após andar parte do caminho, cheguei a um ponto em que não podia mais passar, policiais militares impediam a passagem porque os torcedores do grêmio passariam e queriam evitar o contato entre as torcidas. Fiquei ali, bem na frente do cordão de isolamento, esperando e ouvindo os comentários e entrevistas pós-jogo no rádio (com fones de ouvido) e observando o comportamento dos torcedores (de ambos os times).
Ridículo, infantil, o comportamento.
Xingamentos recíprocos, gestos racistas, toda forma de agressão verbal. Próximo a mim, um mais exaltado segurava um pedra. Andei alguns passos para longe dele, e vi um policial solicitar que ele largasse a pedra. De repente, voa um pedra vinda dos torcedores do grêmio, a atinge um torcedor, que sangra.
Entendo aí como pode descambar para a violência a raiva de uma torcida pela outra.
Respiro fundo, caminho até um bar e bebo um refrigerante.
Após alguns instantes, saio e vou para o carro e daí para casa.
Selvagem, o ser humano é mesmo selvagem.
Até.
domingo, março 01, 2009
A Sopa 08/30
Primeiro de março, dois mil e nove.
Hoje cedo acordei preocupado, sem saber o que escrever, sem saber como preparar a sopa de todos os domingos. Nesse, em especial, estava “sem inspiração” e sem vontade de colocar um texto antigo, recurso eventualmente utilizado para casos de falta de tempo para escrever.
Resolvi deixar o dia correr e ver onde me levaria, que estória se apresentaria, que estória se imporia perante os fatos rotineiros de um domingo qualquer. Havia a chance de tirar alguma história a partir do jogo da tarde, decisão do primeiro turno do Campeonato Gaúcho, GRENAL, para o qual eu havia ganhado um ingresso e iria sozinho. Certamente o GRENAL renderia alguma boa história, e eu teria a sopa desse primeiro domingo do terceiro mês do ano.
Mas esqueci que, para “captarmos” a história que está ali, suspensa no ar, esperando para ser escrita, temos que estar “abertos”, sensíveis. E acho que não tenho estado assim, o que explica a escassez de textos originais. De qualquer forma, fui em diante.
Após passar a manhã em casa, fomos, a Marina, a Jacque e eu, almoçar com os meus pais no Veleiros do Sul, clube do qual sou sócio há mais de vinte anos. Quando chegamos, meus pais já estavam lá, em uma mesa na varanda do restaurante, nos esperando. Após as festivas saudações e o tradicional encantamento com a neta, sentamos para conversar antes do almoço. A Marina, centro das atenções, resolveu jogar seu bico no chão. E lá fui eu ao banheiro lavá-lo...
Quando volto, a estória da semana se apresenta para mim.
Quem está conversando com a Jacque, os meus pais e a Marina?
O Papai Noel.
Sério.
Ele mesmo, em trajes civis, jeans e camiseta. Ao invés de estar na Lapônia, onde todos imaginam que ele viva fora do Natal, ele estava em Porto Alegre, no Veleiros do Sul, numa mesa com várias senhoras (nenhuma parecia a Mamãe Noel). E não pensem que estou insinuando algo a respeito do seu caráter, porque não estou.
Quando cheguei à mesa, ele contava que esteve acertado para trabalhar (como Papai Noel, óbvio) na FAO Schwarz, famosa loja de brinquedos na Quinta Avenida em Nova York, em frente ao Central Park (e que aparece no filme Big, de 1988, ‘Quero Ser Grande’ no Brasil, em que o Tom Hanks é um menino de doze anos que pede para ser adulto para um máquina de desejos e acorda no dia seguinte e vê que cresceu, é ali que ele trabalha). Esteve acertado mas desistiu, ia morar longe do trabalho e seria uma viagem de cerca de quarenta e cinco minutos para ida e para volta diária. Voltou para casa e agora trabalha num shopping da capital do Rio Grande do Sul.
Só não tiramos foto da Marina com ele porque havíamos esquecido as máquina fotográficas...
Pronto, a estória do domingo havia se escrito ela mesma.
Até.
Hoje cedo acordei preocupado, sem saber o que escrever, sem saber como preparar a sopa de todos os domingos. Nesse, em especial, estava “sem inspiração” e sem vontade de colocar um texto antigo, recurso eventualmente utilizado para casos de falta de tempo para escrever.
Resolvi deixar o dia correr e ver onde me levaria, que estória se apresentaria, que estória se imporia perante os fatos rotineiros de um domingo qualquer. Havia a chance de tirar alguma história a partir do jogo da tarde, decisão do primeiro turno do Campeonato Gaúcho, GRENAL, para o qual eu havia ganhado um ingresso e iria sozinho. Certamente o GRENAL renderia alguma boa história, e eu teria a sopa desse primeiro domingo do terceiro mês do ano.
Mas esqueci que, para “captarmos” a história que está ali, suspensa no ar, esperando para ser escrita, temos que estar “abertos”, sensíveis. E acho que não tenho estado assim, o que explica a escassez de textos originais. De qualquer forma, fui em diante.
Após passar a manhã em casa, fomos, a Marina, a Jacque e eu, almoçar com os meus pais no Veleiros do Sul, clube do qual sou sócio há mais de vinte anos. Quando chegamos, meus pais já estavam lá, em uma mesa na varanda do restaurante, nos esperando. Após as festivas saudações e o tradicional encantamento com a neta, sentamos para conversar antes do almoço. A Marina, centro das atenções, resolveu jogar seu bico no chão. E lá fui eu ao banheiro lavá-lo...
Quando volto, a estória da semana se apresenta para mim.
Quem está conversando com a Jacque, os meus pais e a Marina?
O Papai Noel.
Sério.
Ele mesmo, em trajes civis, jeans e camiseta. Ao invés de estar na Lapônia, onde todos imaginam que ele viva fora do Natal, ele estava em Porto Alegre, no Veleiros do Sul, numa mesa com várias senhoras (nenhuma parecia a Mamãe Noel). E não pensem que estou insinuando algo a respeito do seu caráter, porque não estou.
Quando cheguei à mesa, ele contava que esteve acertado para trabalhar (como Papai Noel, óbvio) na FAO Schwarz, famosa loja de brinquedos na Quinta Avenida em Nova York, em frente ao Central Park (e que aparece no filme Big, de 1988, ‘Quero Ser Grande’ no Brasil, em que o Tom Hanks é um menino de doze anos que pede para ser adulto para um máquina de desejos e acorda no dia seguinte e vê que cresceu, é ali que ele trabalha). Esteve acertado mas desistiu, ia morar longe do trabalho e seria uma viagem de cerca de quarenta e cinco minutos para ida e para volta diária. Voltou para casa e agora trabalha num shopping da capital do Rio Grande do Sul.
Só não tiramos foto da Marina com ele porque havíamos esquecido as máquina fotográficas...
Pronto, a estória do domingo havia se escrito ela mesma.
Até.
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