domingo, outubro 17, 2004

A Sopa 04/13

O que é a tecnologia…

Sexta-feira que passou, houve uma reunião da ‘Confraria da Sexta-feira’, pela primeira vez em mais de um ano. E estavam todos presentes. Todos.

A ‘Confraria da Sexta-feira’ surgiu no final de julho do ano passado, da reunião entre a Jacque, a Lúcia, o Magno e eu. Foi assim: a Lúcia estava nos preparativos finais para sua viagem para a Austrália, e decidimos que sairíamos para conversar e tomar chopp todas as sextas antes da viagem. E assim fizemos até seu embarque.

Conhecíamos a Lúcia já há tempo, por ligações familiares que haviam se desfeito, mas havíamos mantido a amizade e os contatos, que se tornaram freqüentes desde que ela havia começado a trabalhar junto com o grupo que a Jacque faz parte no Hospital da PUC. O Magno a conheceu através de nós, logo quando formamos a ‘Confraria’.

Desde seu início, sabíamos que a Confraria teria vida curta antes da separação temporária: a ‘diáspora’, como chamamos, começou com a Lúcia indo para a Austrália, depois o Magno indo para Ribeirão Preto e, finalmente, eu vindo para Toronto. A próxima reunião da Confraria seria provavelmente em anos… Mas não. Foi na sexta que passou.

Passou um ano desde que a Lúcia foi para a Austrália e ela voltou. Mas aí eu já tinha ido, e o Magno continua – agora mais do que nunca – na ponte aérea Ribeirão Preto–Porto Alegre. E a Jacque, firme, segurando a onda em Porto Alegre. Nessas andanças pelo mundo, a Lúcia e o Magno se encontraram (um dia escrevo a história deles) e estão juntos…

Pois então, sexta-feira nos reunimos todos para jantar lá em casa, na André Puente. Claro, eles três lá e eu aqui. Eu como convidado virtual, na webcam, conversando online e os vendo. Em determinado momento, alguém disse “Por um instante, até esqueci que o Marcelo não está aqui”, porque a conversa (entre os quatro) fluiu naturalmente, rimos das piadas que um e outro contavam, contamos histórias. O brinde é que foi virtual, afinal não pude fazer “tintim” com eles, assim como foi virtual o brinde que combinamos de fazer, há exatamente um ano, quinze de outubro de 2003, o Magno em Porto Alegre, a Lúcia na Austrália e a Jacque e eu na Alemanha.

A tecnologia diminuiu as distâncias, sem dúvida. E traz alguns paradoxos, também: estou muito mais próximo de algumas pessoas agora, em Toronto ou, melhor, me aproximei muito mais, do que quando estava em Porto Alegre.

Por esses dias, quando a Jacque diz que vai em algum lugar (como aconteceu na quinta numa janta com o Pedro e a Zeca na casa deles) e diz que vai me levar junto, ela chega com o computador e webcam embaixo do braço…

Me tornei temporariamente um marido virtual…

5 comentários:

Anônimo disse...

Concordo plenamente, a reunião da "Confraria" foi uma delícia, conversamos contigo por quase 3 horas inteiras, sem se preocupar com $$ de ligação e ainda podendo te ver e dar muita risadas juntos! Essa perfeição do i-chat tem nos permitido, ao menos em parte, sobreviver melhor a essa distância...Pena que tu não pudeste provar o Strogonoff e o sorvete com calda de framboesa, mas quem sabe daqui a 5 ou 10 anos já não conseguiremos "escanear" a comida e te mandar por e-mail, ehehehehe.Saudades, Saudades e mais Saudades Jacquinha

Anônimo disse...

Valeu o convite!!!!!!!
KaKa

Comedida disse...

E te tornaste um amigo virtual!!! Mais presente do que aqui em Porto Alegre até!!! Esta história da Jacque te levar para jantar na casa do Pedro e da Zeca foi hilária, como só vocês sabem ser neste momento tão delicado!!! Eu amo a internet também por isto! APROXIMA AS PESSOAS.
Ahhh! Descobri: Em 2005, O código Da Vinci chegará aos cinemas pelas mãos do diretor Ron Howard, de Uma mente brilhante.
Beijo e boa semana!

Anônimo disse...

Marcelo, realmente a tecnoloigia é uma maravilha, aproxima as pessoas. Tu estas em Toronto, eu em São Paulo e sinto que estamos mais próximos que em muitos anos anteriores. Amigo é amigo a toda hora, mas que a internet revolucionou o contato com as pessoas, realmente revolucionou. Tambem concordo que pais culto é aquele que possui a cultura e o habito da leitura, tambem acho uma dificuldade entrar em uma livraria a sair com as mãos vazias. Um grande abraço, Fernando Miranda.

Luly :) disse...

Oi, Marcelo!
É interessante mesmo esse paradoxo da "distância aproximar as pessoas"... Aconteceu a mesma coisa qdo meu irmão foi morar na Holanda... antes de ele ir, nem nos falávamos, depois que ele foi nos falávamos quase todos os dias pelo Messenger! Hoje ele mora aqui no Brasil, e nos falamos menos do que antes... Engraçado demais, isso!
Bjo!