terça-feira, fevereiro 22, 2005

Terça-feira

Conforme passam os anos, vou ficando mais intolerante com algumas coisas bem específicas.

Mas ninguém precisa saber que coisas são essas… ou, melhor, quem me conhece bem, sabe.


Roda Viva

Tem dias que a gente se sente
Como quem partiu ou morreu
A gente estancou de repente
Ou foi o mundo então que cresceu
A gente quer ter voz ativa
No nosso destino mandar
Mas eis que chega a roda viva
E carrega o destino pra lá

Roda mundo, roda-gigante
Roda moinho, roda pião
O tempo rodou num instante
Nas voltas do meu coração

A gente vai contra a corrente
Até não poder resistir
Na volta do barco é que sente
O quanto deixou de cumprir
Faz tempo que a gente cultiva
A mais linda roseira que há
Mas eis que chega a roda viva
E carrega a roseira pra lá

A roda da saia, a mulata
Não quer mais rodar, não senhor
Não posso fazer serenata
A roda de samba acabou
A gente toma a iniciativa
Viola na rua, a cantar
Mas eis que chega a roda viva
E carrega a viola pra lá

O samba, a viola, a roseira
Um dia a fogueira queimou
Foi tudo ilusão passageira
Que a brisa primeira levou
No peito a saudade cativa
Faz força pro tempo parar
Mas eis que chega a roda viva
E carrega a saudade pra lá

3 comentários:

Ana Celia disse...

Oi Marcelo,
Sabe que se fosse no Brasil eu acho que o Henrique iria ficar enchendo o saco por causa de carro... mas, aqui qq coisa da pra vc comprar um pra ele, ne?
Mas, dei muita risada do seu comentario! :)

Bjs,
Ana

Anônimo disse...

Oi Marcelo; Liga não, a gente quando vai ficando mais velinho vai perdendo a paciência. Hahahaha ......Abçs,

Lucix disse...

É a idade... hahaha! :)
Eu percebi que eu estou ficando muito ranzinza...