sexta-feira, abril 07, 2023

Perdidos Mães e Filhos (20)

A Viagem (8).

 

O trajeto entre Volterra e Montepulciano praticamente passa por dentro de Siena, mais uma das cidades da Toscana que valem a visita. Dessa vez, contudo, a ignoramos e seguimos pela SS715 em seus 115km (quase duas horas) entre as duas cidades. O dia, frio, para variar, estava belíssimo, com o já tradicional céu azul virtualmente sem nuvens.

 

Chegamos para almoçar.

 

Antes, contudo, decidimos tentar o um checkin antecipado no Albergo San Biagio, hotel escolhido fora (uma vez mais) dos muros da cidade com estacionamento privativo. Fomos até o hotel e, enquanto as meninas esperavam no carro, fui verificar a possibilidade. Não tinha como, os quartos não estavam prontos. Aproveitei para pedir a indicação de um restaurante para nosso almoço, e acabamos indo almoçar no Ristorante Fattoria Pulcino, não muito distante do hotel.

 

Fattoria Pulcino, em Montepulciano


Grande, a entrada do restaurante era por uma loja de produtos típicos, vinhos, queijos, massas etc. Ao menos dois (ou três) grandes salões com mesas, iluminados por luz natural de grandes janelas que davam para o fundo, para um vale. Havia até o ônibus de excursão estacionado em frente. Lembrava um pouco daquelas galeterias da Serra Gaúcha, de certa maneira. O cardápio, para a alegria da Marina tinha polenta. Explico: coincidentemente, naquele mesmo dia, quando planejávamos onde almoçaríamos, ela havia comentado o desejo de comer polenta, que ainda não havíamos encontrado até aquele momento. 

 

Teve seu desejo atendido.

 

Foi uma boa refeição antes de efetivamente fazermos o checkin no Albergo San Biagio, antigo, mas bem confortável. Pensamos, lembrando a noite anterior, em reservar o jantar no restaurante do hotel, mas optamos por não fazer. Após nos instalarmos no hotel, de volta ao carro para, agora sim, visitar (pela segunda vez) Montepulciano.

 

Piazza Grande


A cidade, mais uma das joias da Toscana, medieval e erguida toda em pedra no alto da colina (uma das mais altas de toda a Toscana), com um belo centro histórico caracterizado por uma sucessão de vielas imperfeitas e fachadas irregulares, cercado por muralhas e fortalezas. Deixamos o carro próximo à igreja de Santa Agnese, em um local que até hoje não tenho certeza de que é permitido para turistas (a multa não chegou, ainda, nem nos guincharam...) e que era em uma parte baixa com relação à entrada da cidade via Porta al Prato, tanto é que tivemos que subir uma longa escada para acessar a cidade e, depois, na volta, a Jacque e eu buscamos o carro e encontramos os outros já na parte alta.

 

Colonna del Marzocco


Entrando na cidade pela Porta al Prato, após passar pela Colonna del Marzocco, fizemos o longo trajeto em subida pela Via del Corso em direção ao ponto central de Montepulciano, a Piazza Grande. Lá, Roberta e Karina recriaram toscamente uma cena do filme ‘Lua Nova’, da série Crepúsculo, cuja locação foi ali, e realmente essa informação não tem nenhuma relevância. No caminho a Igreja de Sant’Agostino, a “igreja da bola” (piada interna) e a Torre dell’Orologio della Pulcinella. Ainda paramos em um belvedere com vista dos campos ao longe no final da tarde.


Final de tarde, Montepulciano

 

De volta ao início da cidade (após um circuito circular), paramos em um café cujo interior tinha o teto com afrescos. Tomamos café e comemos doces.

 

De volta ao hotel, de onde saímos para jantar.

 

Mais uma vez, dificuldade em encontrar algum restaurante aberto, mesmo com indicações pesquisadas em nossos smartphones. Acabamos a noite em uma pizzaria de 1948, que vendia pizzas (excelentes) por quilo, e tomamos Aperois sblagliatos, rindo muito naquela que foi a refeição de melhor custo-benefício da viagem.


Pizzaria Menchetti, Montepulciano 

 

Fomos dormir aquecidos e felizes.

 

O dia seguinte seria dia de estrada até Roma, onde passaríamos o final de semana.

 

Até. 

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