Ontem, ainda “de ressaca” após a sopa de sábado, tive um programa completamente diferente. Fui a um enterro.
A falecida era irmã da coordenadora de pesquisa no Laboratório onde trabalho. Tinha câncer há vários anos e – nos últimos dias – já em estado terminal, teve a família acompanhando-a nos seus últimos momentos. Faleceu na quinta-feira passada, o velório atravessou o final de semana, e ontem foi o funeral. Antes, missa de corpo presente.
Uma igreja católica próximo à estação Royal York do metrô, a oeste de onde moro. Para começar, um igreja muito bela, com afrescos e vitrais diversos. Além disso, a igreja estava lotada. Ao entrar, as mulheres recebiam uma pequena vela que foi acesa durante a missa, na hora em que chegou o corpo e depois na saída.
Uma missa em inglês, a primeira que assisti. Quem celebrou foi um bispo, que era amigo pessoal da família, já que a falecida tinha uma participação ativa na sua comunidade. Uma missa muito bonita, as pessoas obviamente muito emocionadas, principalmente no momento em que a filha foi até o púlpito e falou sobre mãe em nome dos irmãos.
Após, fomos para o cemitério. Uma área arborizada, bucólica. A última cerimônia, os familiares e amigos colocam flores sobre o caixão. Está terminada a cerimônia, anuncia o responsável pelo protocolo, e convida a todos para a recepção que ocorrerá na casa da morta.
Seguimos para lá. Ao chegar, a casa está cheia, com amigos, parentes, amigos dos parentes. Todos conversam, alguns lembram histórias, nos cantos da sala estão painéis com fotos de família especialmente preparados para homenageá-la. É servido um buffet, vinho, alguns tomam cerveja (Brahma!?). Após comer, café.
Ficamos um pouco ali, e vamos embora.
No metrô, fico pensando em como tudo é diferente do que acontece no Brasil, do modo que as coisas são feitas. Em meio à tristeza da perda de um ente querido, as pessoas, a família, se reúne para celebrar a vida do ente que se foi.
Achei interessante.
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Ainda é possível ver repercussões e fotos da Sopa aqui, aqui, aqui e aqui.