Deve ser alguma coisa na comida.
Morando sozinho desde agosto último por circunstâncias que os cinco leitores deste blog já conhecem, tenho passado por alterações fisiológicas interessantes. E não me refiro aqui a um hipotético aumento de peso muito comentado durante minha última estada nos pampas gaúchos.
Os meus hábitos de sono estão completamente alterados desde que vim para Toronto. Estou dormindo mais tarde e, ao que parece, cada dia mais tarde. A televisão tem culpa nisso, admito, mas não é a única responsável por esse fato.
Até deixar Porto Alegre, eu era famoso pelo meu sono. Por ter muito sono e, ao chegar determinada hora da noite, independente de onde eu estivesse, dormir. Já dormi em pubs, em bares, em jantares lá em casa, e até em casamentos (não no meu, obviamente). O pior é que era fato totalmente involuntário. Eu não tinha (tenho?) controle sobre isso. Dominado por um relógio interno que determina(va) a hora em que eu tinha que dormir. E não é narcolepsia.
Além disso, acordava cedo, independente do que acontecesse. Principalmente quando não precisava acordar cedo, como em finais de semana. Sábado, de folga, 7h15 da manhã eu já estava acordado. Fazer o quê?
Depois que passei a morar sozinho aqui, isso mudou. Agora não consigo dormir antes da meia-noite e trinta. E preciso de despertador para acordar. Na última semana, dois dias eu esqueci de programar o despertador e acabei acordando atrasado e tendo que correr para chegar no horário.
Normalmente, fico vendo televisão e/ou no computador e, quando me dou conta, já passou da meia-noite e ainda não tenho nem sombra de sono. Acabo indo ver TV na cama, aparece um programa interessante, um seriado dos bons, e vejo até o fim. No final, já estou com sono, mas aí já é uma hora da manhã e, para acordar mais tarde, só com o despertador. Para aguentar o momento pós-almoço, café, muito café.
Até.