quarta-feira, junho 29, 2005

Visite o sítio

Diz a sabedoria popular (?) que ir à Roma e não ver o Papa não é ir à Roma, assim como ir à Paris e não subir na Torre Eiffel é não ter visitado Paris. OK, confesso, então, eu nunca fui nem à Roma nem à Paris, se esses critérios forem os determinantes, os definitivos. Quanto tempo e dinheiro desperdiçado visitando isso que podemos chamar, então, de espectros, simulacros talvez, das duas cidades!

De qualquer forma, seja lá que nome dêem a esta cidade que não é Roma, que por não ver o Papa visitei pensando ser a capital da Itália (se bem que o Papa não mora na Itália e, por extensão, não pode morar em Roma já que a última é parte da primeira, e o Papa vive no Vaticano, estado independente, bom… deixa prá lá…) e – por segurança e tradição joguei uma moedinha sobre o meu ombro (esquerdo? direito? já não lembro) na Fontana de Trevi para poder voltar a esta cidade que – já disse – eu pensava ser Roma. Assim como, ao percorrer caminhando o trecho entre os jardins do Trocadero até o Arc du Triumph e daí pela Champs Elysees até a Place de la Concorde e desta até o nosso hotel perto da Sorbonne, na madrugada de primeiro de janeiro de 2001, a primeira madrugada do milênio, sob uma chuva fria e constante, nós (a Jacque, o Caio, a Aline, o Magno e eu) não estávamos em Paris, mas em algum outro lugar ou dimensão, tudo por culpa minha, que não subi para apreciar a vista do alto da torre.

Ficou claro que não simpatizo com essas “obrigações turísticas”. O mais legal de uma viagem é simplesmente andar, descobrir a cidade – seja ela qual for – por conta (claro que seguimos orientações de um guia – o meu preferido é o Fodor’s), mas sempre temos a possibilidade e a liberdade de visitarmos alguns lugares fora do roteiro mais tradicional. Talvez por isso nunca tenha viajado de excursão.

Nada contra quem viaja desta forma, absolutamente. Só que não é pra mim. Talvez um dia seja, mas não por enquanto.

Porém, contudo, entretanto, fugi do que queria falar.

Quando em Paris (onde está agora o meu amigo que escreve neste blog com o pseudônimo de Ombro Amigo), não dá para não ir ao Louvre… Brincadeira, claro que dá. Mas eu fiz questão de ir, porque – ao contrário de subir na Torre Eiffel – me senti compelido a ir. Um imperativo moral, expressão que gosto muito mas devo evitar usar com freqüência para não banalizá-la. Museus são locais que eu sinto dever de visitar (tá, Jácque, eu sei que eu ainda não fui no ROM!).

Mas o Louvre não é um museu fácil. É muito grande, é um mar de coisas a serem vistas. Claro, não dá para ver tudo numa visita, é extremamente cansativo, fisica e mentalmente falando. Existem outros museus que se pode fazer isso, comprar o guia explicativo das obras do museu e visitá-lo olhando obra por obra, cada escultura e cada pintura, mas o Louvre não. Pelo menos não em uma única visita. O ideal é fazer várias visitas. Se não é possível, dá para estudar um roteiro das principais (“mais famosas”) obras, só ir vê-las e sair.

Agora – e finalmente chego ao que eu queria dizer desde o início – dá para se ter uma idéia boa do museu, de suas obras, fotos do exterior do museu, da pirâmide e dos Jardins da Tulleries. É só visitar o site do museu aqui.

Vale à pena, se não para planejar uma visita, ao menos para sonhar com uma.

Até.

PS – Neste momento exato, por coincidência (?), ouço Ed Motta cantando “Há algum para ser feliz, além de abril em Paris…”.

Fui.

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