quinta-feira, março 02, 2006

O exemplo uruguaio

Desde primeiro de junho de 2004, aqui em Toronto, é proibido fumar em locais públicos fechados, como bares e restaurantes. A Inglaterra, a partir de 2007, também vai banir o consumo de tabaco em locais fechados, inclusive pubs. Nova Zelândia, Noruega e Irlanda têm leis parecidas.

No Uruguai, desde ontem, essa proibição também vale.

O presidente uruguaio, Tabaré Vázquez, um dos maiores incentivadores da medida, sabe o que diz e faz: ele é médico e, mais, oncologista. Multas de mil dólares para a primeira infração e de dois mil para a reincidência.

Parabéns aos vizinhos uruguaios.

E o Brasil, quando vai rumar para o mesmo caminho? Quando vai passar a respeitar o direito dos não fumantes de não fumarem? É das situações mais desagradáveis que existem voltar de uma festa e ter que tomar banho para tirar o fedor do cigarro, que fica impregnado nas roupas, no cabelo.

Como pneumologista, sei do que falo, mas não vou discutir aqui sobre o fumar ou não. O fumante é um doente, um dependente químico, que precisa ser tratado. Ponto. O que peço é que nos deixem – não fumantes – livres do fumo passivo em locais onde vamos para nos divertir.

Um apelo para que se tome no Brasil as mesmas atitudes de restrição ao fumo que o mundo começa a tomar.

Até.