Apesar de, em um primeiro momento, eu não ser simpático a mudanças naquilo que considero que está bem, funcionando, admito que elas são, em momentos, não apenas importantes como também fundamentais. E aqui falo de diferentes aspectos da vida.
Sabemos que a única constante na vida é que tudo sempre muda, não estamos prontos, vamos ajustando (alterando, muitas vezes) a sintonia que temos com o mundo, pessoas aí incluídas. Ao longo do tempo, não é possível ou, melhor, não é provável, que caminhemos sempre ao lado das mesmas pessoas. Porque, além de tudo, temos caminhos únicos, e muitas vezes precisamos caminhar sozinhos em determinados momentos dessa caminhada.
Esse afastamento, esse desvio que eventualmente somos obrigados a fazer de determinada rota, ou de locais de convívio que até nos eram importantes, normalmente é difícil e doloroso, mas, no fim, necessário para que atinjamos nossos objetivos de continuar sendo ou nos tornar quem desejamos ou precisamos ser. Deixar para trás pessoas que não fazem mais sentido é sinal de sabedoria, mas é como arrancar parte de nós mesmos.
Sempre lembro, nessas horas, da música que diz:
Eu hoje joguei tanta coisa fora
Vi o meu passado passar por mim
Cartas e fotografias,
Gente que foi embora
A casa fica bem melhor assim...
Não é sobre ninguém em especial o que escrevo hoje, é sobre mim, é sobre a vida e o mundo em geral. É sobre andar com menos bagagem, ser mais simples.
Até.