Existem situações em que quando – figuradamente – é retirado um grande peso das costas, uma preocupação, algo que estava causando ansiedade ou noites mal dormidas, e que foi, de uma maneira outra, resolvida, exatamente neste momento de alívio, ou relaxamento, é quando a corda arrebenta. É no momento em que sentimos os efeitos, as consequências físicas do período passado, da tensão envolvida.
Mesmo a situação fosse muito mais em nosso mundo interior do que na vida real, de verdade. Muitas vezes apenas uma simples ligação telefônica resolve a situação, que era muito maior em nossa mente ansiosa do que realmente era. Coisas da vida, eu digo, fazer o quê?
O corpo, então, quando não mais sobre a pressão auto exercida, acusa o golpe, e sentimos na pele (quase que literalmente) o desgaste que aquilo causou e que antes, ainda tensos (talvez encurralados em um corner nos esquivando de um oponente imaginário) não nos permitíamos sentir. É aí que vem as dores e as contraturas e as lesões.
São os sinais físicos de que esticamos a corda um pouco a mais, exageramos nas autocobranças, fomos severos (e uso aqui a palavra ‘severo’ com o único sentido que acho deveria ter, nunca com o sentido de grave, como utilizado em descrição de doenças por exemplo) em excesso e nos exigimos bem mais do que seria apropriado ou necessário.
Ou não.
Pode ser também que estejas lendo por tempo demais em uma posição não adequada logo antes de dormir e tua cervical, que já não é uma maravilha, seja a causa das malditas dores que estás tendo agora, quadro bem parecido com três anos atrás, quando tiveste uma hérnia de disco cervical...
Vai saber.
Até.