Não podemos ser parte de tudo, sempre.
Estar presente em todos as situações, em todos os momentos. Aprendizado que (para mim) leva (levou) tempo. Já falei disso, sempre tive a vontade, a necessidade, de pertencer, de me sentir parte, como disse. É o velho papo de ser um ser social.
Eu sou, eu preciso.
Ainda que reconheça e saiba que não posso, não devo e – sim – não quero fazer parte de tudo, por outro lado existe a vontade, ou necessidade, de não me sentir excluído. É simples, cristalino. O não estar presente deve ser uma opção minha, uma decisão minha.
Cada vez acontece menos, isso de me sentir excluído, de me sentir uma ilha em meio à multidão. Aprendi (ainda estou aprendendo) a conviver com maior tranquilidade com as ausências voluntárias, a perda de “oportunidades sociais” decorrentes de escolhas alternativas minhas. Sei, agora com certa tranquilidade, que não tem como estar em todos os lugares ao mesmo tempo.
De novo, quanto mais seguro estou das minhas escolhas, que sempre representam também algum tipo de renúncia, mais fácil é ‘aceitar’ a ideia de que não estarei presente em todas as situações em que poderia ou gostaria de estar, e que a vida vai seguir sem mim. Não tenho, obviamente, a pretensão de querer que tudo gire em torno de mim.
Não mais, ao menos.
Boa sexta-feira a todos.
Até