Eu dormia mal.
Lembro que quando trabalhei em multinacional do setor farmacêutico. Foi uma experiência boa, convivi com ótimas pessoas, outras nem tanto, viajei pelo Brasil dando aulas, participei de congressos internacionais, fiz parte de um grupo seleto de profissionais da minha área altamente qualificados. Era uma rotina maluca, junto a todas as atividades em que estava envolvido, como consultório e universidade, pois na época eu também era professor, e isso cobrava um preço, evidentemente.
Já falei disso, mas no auge de tudo eu estava estressado, sedentário e bem acima do peso. E dormia mal, o que piorava tudo. Dormir bem, o que sempre havia sido uma característica minha, virou uma raridade. Quando viajava, pior ainda, pois os horários eram anárquicos, tinha muito trabalho, jantava-se tarde e ia dormir tarde. Ficava difícil pegar no sono e o despertar tinha que ser muito cedo. O recurso dos indutores do sono era usado com uma frequência maior que a desejada por mim.
Isso mudou desde que não estou mais no mundo corporativo. Teve uma pandemia no meio desse caminho, outras ansiedades e expectativas surgiram ao longo desses últimos anos, mas consegui, finalmente, estabelecer uma rotina que me permite dormir bem. E isso se reflete em todos os aspectos da vida. Olhando um retrato de onde eu estava sete anos atrás em comparação com onde e como estou hoje, a comparação entre esses dois momentos é clara, sem deixar dúvidas.
Durmo muito melhor porque a vida está muito melhor.
Até.