Eu gosto de frequentar em lugares onde sou conhecido. Restaurantes e cafés, por exemplo. Essa sensação de familiaridade, de – motivo recorrente de meus escritos – pertencimento, são motivo de conforto. E valorizo muito isso. Não deixa de ser uma forma de movimentar a economia local, próxima. Valorizo, no final das contas, também a experiência.
Nesse mundo de aplicativos e tele-entregas, existir lugares em que se conhece as pessoas e as pessoas nos conhecem é um grande diferencial. A sensação de viver em uma aldeia, nesse caso, é positiva.
Não que eu não goste ou não queira conhecer lugares novos e diferentes. Nada mais longe da verdade. Mas o local, o conhecido, o familiar são muito importantes. Gosto da sensação de que o pão caseiro que compro no mesmo café toda a quarta-feira, e que é maravilhoso, está ajudando e valorizando o local, assim como comer o churrasco na churrascaria dos sábados e a qual me senti moralmente obrigado a ajudar na enchente de 2024, que a afetou, me torna parte de algo maior.
Em resumo, quero que todos aqueles com os quais convivo, que são da minha comunidade, que oferecem um serviço assim como eu ofereço, quero que todos progridam, todos ganhem. Todos temos que ganhar juntos.
Por isso a ideia de conviver com aproveitadores, filhos de uma puta que querem apenas ganhar em cima dos outros, mesmo sabendo que poderia ser bom para todos, que todos poderiam ganhar juntos, tanto no curto quando no longo prazo, me revolta profundamente.
Pessoas que tentam tirar minha (nossa) fé nas pessoas.
Não vão conseguir, não vão conseguir.
Até.