Quando ainda não existia este blog, quem lia ‘A Sopa’, o semanário que enviava por email a uma lista de assinantes, eram basicamente pessoas que me conheciam antes de se tornarem meus leitores. Alguns desses começaram a me conhecer melhor por ler os meus escritos.
Quando criei esse blog, ou seja, passei a tornar público os meus textos, a maioria das pessoas que passaram a visitá-lo não me conhecia, e – desses – alguns poucos eu vim a conhecer. Por “me” tornar público, insisto nisso, muitos dos meus leitores não sabem quem eu sou, e, mesmo entre aqueles que me conhecem um pouco, às vezes ainda sou “vítima” de mal-entendidos. O que quero dizer com isso?
Quero dizer que, quando escrevia só para quem me conhecia, eu podia escrever qualquer coisa que eu quisesse. Em outras palavras, tinha a liberdade de escrever os maiores absurdos, porque as pessoas entendiam que eram piadas, ou ficção. Não levavam aquilo como verdade porque sabiam que eu não podia estar falando sério, que era brincadeira. Como quando eu escrevi que em determinadas situações a violência está jusificada. Não dava para levar a sério.
Escrevendo publicamente, aqui no blog, cheguei até ensaiar uns textos assim, sem maiores preocupações com o politicamente correto, sem estar cheio de dedos para não ofender ninguém. Nessas poucas vezes, fui fulminados por críticas, que me chamaram desde chato até preconceituoso e hipócrita. Percebi, então, que estava sendo vigiado, monitorado. Confesso que estou me sentindo tolhido. Não me sinto livre para escrever o que quiser aqui, porque vou ser fuzilado por críticas e comentários raivosos contra mim.
É evidentemente que não me refiro aqui há ninguém mais que não ao meu próprio umbigo, claro.
Tudo isso pra dizer que não me sinto à vontade para falar sobre os webdesigners nem sobre os donos-de-peixe.
Até porque pode aparecer o policial chinês e uóóóóóó… (piada interna, desculpem...).
Até.