Há três anos, decidi voltar ao mundo da música.
Não que eu alguma vez estivesse estado antes, porque nunca estive, mas durante um tempo eu havia ao menos brincado de fazer e tocar música com amigos, além de ter feito pequenos períodos de aulas de pouca disciplina e persistência. Mas foi três anos atrás, aqui nessa mesma praia onde passo alguns dias de férias, que – ao assistir show da temporada de verão da School of Rock Benjamin POA, em que Marina cantava - que tive a epifania de que era aquilo que eu queria para minha vida.
Quando conversei, ao final do show, com o Thiago Vitola, proprietário da escola, e perguntei se a escola tinha programas para adultos, e ele disse que sim, e que estariam começando uma temporada Beatles logo depois, em março, e que o final da temporada seria com um show do Sgt Peppers Pub, em Porto Alegre, não tive dúvidas em começar a fazer aulas lá. Era o estímulo que eu precisava para voltar, como falei, à música.
Não imaginava, confesso, que meu envolvimento com a música seria intenso a ponto de me tornar sócio da School, e que me traria um mundo de novas relações de amizade, novo senso de comunidade e pertencimento.
E percebi que não é algo exclusivo meu.
É parte do jeito de ser School of Rock.
Sexta à noite, aqui mesmo na praia, ao dar carona para o Benoni após um pequeno ensaio acústico e depois uma pizza, ele, parceiro novo, que ontem fez o seu primeiro show com a School, sua primeira vez no palco, manifestou o mesmo entusiasmo que eu tive desde o início, desde que vi a Marina no palco no mesmo Ramblas em que tocamos ontem.
E que mantenho até hoje.
Até.