Porto Alegre voltou ao normal.
Depois do período de férias escolares de verão, desde a semana passada, e em muito maior intensidade desde ontem, tudo voltou ao seu habitual na capital do Rio Grande do Sul. E voltamos a necessitar exercitar nossa tolerância e paciência.
Falo, evidentemente, do trânsito.
Além do expressivo aumento de carros circulando pela cidade, principalmente no início da manhã e final da tarde, parece que os imprudentes e os imperitos estão de volta às ruas da cidade. Sei que eles nunca nos abandonaram, mas - com menor circulação de carros - eles até passavam despercebidos. Não mais.
Estacionamento em locais não permitidos, mudanças de faixa onde não poderiam, conversões irregulares, paradas em fila dupla, tudo voltou às ruas de maneira bem intensa. Bem em frente a nós, sem nenhum pudor. Potencial irritante máximo.
Uns selvagens.
Vivo outra fase, contudo.
Há um tempo, por prudência, concluí que era melhor ficar quieto e não reclamar ostensivamente sobre essas irregularidades testemunhadas, afinal não era minha função, mesmo que atrapalhem a vida em sociedade, no caso a circulação pelas ruas. Vai que eu reclamasse de alguém armado e me desse mal? Melhor ficar quieto.
Avancei um pouco mais quando – mesmo tendo sempre sabido desse fato – passei a mentalizar que nada disso “era sobre mim”, ou seja, não era pessoal. Não é minha função (ia ser legal se fosse) repreender ninguém sobre seu comportamento no trânsito.
Não posso fazer nada, além de cuidar do meu nariz.
Até.