quinta-feira, fevereiro 20, 2025

Sobre Acampar

Sou (ou me tornei) guri de apartamento.

 

Gosto de algum grau mínimo de conforto, por isso tenho a tendência a não (mais) gostar de acampamentos, por exemplo. Digo aquele tipo de acampamento raiz, de barraca, mosquitos, usar o mato como banheiro, e que tem chuva. Já foi divertido, rende boas histórias, mas não é mais para mim.

 

É por estar ficando velho?

 

Não, até porque não estou, mesmo que diga que meu grande objetivo é me tornar um velho rabugento e resmungão. Isso será no futuro. Domenico de Masi já disse que ficamos velhos aproximadamente dois anos antes de morrer, e eu (imagino) estou bem longe disso.

 

Assim como tem destinos de viagem que não me agradam, mesmo que sejam lugares com muita história e que realmente sejam fascinantes, mas não tenho vontade de visitar. Como a Índia, ou o Egito (esse último confesso que vacilo nessa convicção), por exemplo. Tenho certeza de que são grandes (literal e figuradamente) lugares para se ir, mas não tenho a menor vontade de fazê-lo.

 

Lembrei disso hoje cedo em conversa com colegas logo na chegada no hospital, em que um deles dizia que iria acampar em Cambará do Sul durante o carnaval, aquela coisa de barraca e tudo, junto com os filhos. Brincávamos com ele falando das ‘dificuldades’ e tal, até que ele disse que “as crianças gostam”.

 

Por isso, disse eu, que elas não podem votar e nem dirigir.

 

Sabem muito pouco da vida.


Até.