terça-feira, fevereiro 18, 2025

Aparências

Em algum momento da vida, é inevitável (foi para mim, ao menos) que façamos esforços para nos encaixar, para sermos aceitos e fazermos parte de um grupo, de uma turma. É natural ou, ao menos, eu vejo assim.

 

É uma questão de adaptação, talvez um esforço civilizatório, aquele de controlar alguns impulsos para viver em sociedade. Não podemos, não devemos – na verdade – dizer tudo aquilo que pensamos. Além de não ser educado, nos poupa de incômodos, de situações constrangedoras.

 

Nem sempre, quase nunca em realidade, vamos circular, ou conviver com grupos em que temos cem por cento de afinidade, e é natural. A diversidade de opiniões e visões de mundo é muito saudável. Crescemos na convivência com o diferente. Ao longo do tempo, sabemos, vamos criando conexões e relações que vão se moldando, elas as nós e nós a elas. São essas as de maior valor.

 

Como eu dizia, já fiz muito isso, de me adaptar a ambientes aos quais queria fazer parte, pela necessidade que sempre tive de me sentir parte de grupos, de comunidades. Pois sempre soube da importância (para mim, para mim) da vida em sociedade. 

 

E, movimento natural da vida, cada vez menos preciso disso, me adaptar ou me moldar para “me encaixar” em grupos ou locais de convivência. Sou sempre o mesmo, onde quer que eu esteja, gostem ou não. Se alguém não gosta de mim, de como sou, do meu jeito, paciência, isso diz muito mais dessa pessoa do que mim.

 

Não, não é um recado a ninguém e não aconteceu nada.

 

São apenas pensamentos perdidos de uma terça-feira de verão.


Até.