Metas de ano novo.
Não costumo chegar à virada de cada ano e estabelecer metas para o ano que vai iniciar. O que não quer dizer, evidentemente, que eu não projete, ou que eu não tenha objetivos, mas concluí há tempos que esse não é o melhor momento de fazer projeções.
Aliás, eu costumava – de tempos em tempos – e a mudança de ano não tinha nenhuma relação com isso, estabelecer planos mais longos, planejar como seria e o quê eu estaria fazendo ou teria conquistado ao longo dos cinco anos vindouros. Um plano plurianual, com objetivos de curto e longo prazos, estabelecendo o rumo que eu gostaria de dar para a minha vida.
Sempre fiz sozinho, porque esses objetivos eram pessoais, mesmo que eu já fosse casado e nunca perdi de vista que eles tinham que estar em consonância com minha vida, em um primeiro momento com a Jacque, e depois também com a Marina, claro. Focava, nesses planos, basicamente em cuidados com minha saúde física e mental e com minha vida profissional.
Por serem de longo prazo, nunca houve a possibilidade de “abandonar” essas metas e esses planos após um ou dois meses, como muitas vezes acontece com quem traças essas metas de ano novo. O foco era, então, bem mais na frente, na tentativa de consistência e disciplina (que nem sempre conseguia...).
Por isso, é interessante revisar esses planos, alguns deles escritos em folhas de papel, outros em alguma pasta em um drive do meu computador. Ver o que eu imaginava e/ou planejava em comparação com o quê fiz e aonde cheguei. Serve tanto para comprovar o inesperado da vida, os caminhos inesperados para onde ela pode nos levar, quanto para ter uma noção do quanto caminhamos e de como tem sido essa caminhada.
Não faço mais esses planos de longo prazo.
Ou não fazia.
Por esses dias finais de férias de verão, já em Porto Alegre e procurando resolver algumas questões do dia a dia, tenho andado com um bloco de notas e uma caneta, pois tenho posto no papel – literalmente - alguns pensamentos e planos que tenho.
E tudo deve acelerar quando o carnaval passar.
Até.