terça-feira, junho 10, 2025

Meu Compromisso com a Verdade

Trago aqui uma verdade inconveniente.

 

Sei que acabarei com ilusões, desagradarei muitos, motivarei expressões de contrariedade e protestos acalorados. Paciência. Chegou a hora de expor a verdade, de caírem as máscaras. Se sou eu quem tem que ir para o sacrifício por isso, que seja. Me imolarei em praça pública, porque as pessoas podem ter opiniões, mas eu tenho compromisso com a verdade.

 

Preciso dizer que existem apenas dois tipos de pessoas no mundo, a saber: as que não gostam de inverno e as que precisam acreditar que gostam do inverno quando na verdade, no fundo, não gostam. Ou não gostam e não sabem que não gostam, ainda não se deram conta de que não gostam.

 

Eu, por exemplo, muito afirmei em meu passado que preferia o inverno, era fã dos dias frios, achava a neve linda (lembro aqui do conto do argentino de Santa Fé em Toronto...) até que tive a revelação, como uma epifania, mas com os dedos da mão dentro da luva quase congelando. O inverno de verdade não é bom.

 

Argumentos contra a verdade virão, eu sei, dizendo que é legal ver a neve, estar em volta da lareira, vinho e tal. Tudo certo, tudo bem. Mas aí não é gostar de inverno, é gostar de férias, o que é diferente de viver o dia a dia do inverno, com ou sem neve. Gostar de estar em uma cabana nos Alpes, na época do Natal, olhando a neve cair enquanto estamos protegidos e aquecidos não é gostar de inverno, como eu disse.

 

Inverno é um saco, o frio é ruim, os dias mais curtos e as noites mais longas só são boas para dormir, admito. De resto, é muito melhor viver com os dias mais longos, temperatura amena, encontros com os amigos e churrascos.

 

Chega dessa lenda de que o inverno é melhor.

 

Pelo fim da hipocrisia.

 

(Contém ironia. Ou não...)


Até.