sexta-feira, junho 20, 2025

Ritual

“Pra que sonhar

 A vida é tão desconhecida e mágica

Que dorme às vezes do teu lado

CaladaCalada

 

Tenho trabalhado por esses dias em um projeto – literário – pessoal que talvez avance ou não, não importa. Junto a isso, como forma talvez de inspiração, tenho mergulhado novamente na música do Cazuza, desde os tempos do Barão Vermelho até depois, em sua carreira solo.

 

É um tipo de viagem sentimental, posso dizer. Um resgate de um tempo passado. É, entre tantas outras, parte da trilha sonora da minha vida. E, vocês sabem, eu tenho um grande respeito pelo meu passado. Que já é passado, está lá atrás, não (mais) interfere no presente, fatos e pessoas.

 

Então, cada vez que começo a ouvir essas músicas, claramente volto ao passado, volto a me sentir exatamente como me sentia quando determinadas músicas estavam relevantes para fatos que aconteciam naquele momento. Volto mais de trinta anos no tempo assim, em um piscar de olhos. É muito louco.

 

Sempre preciso de alguns momentos para voltar ao presente e retomar o trabalho. Pode parecer que me atrapalha, mas não é verdade.

 

É reconfortante.

 

"Ah, pra que chorarA vida é bela e cruel, despidaTão desprevenida e exataQue um dia acaba".

 

Até.