A Marina está no segundo ano do ensino médio.
Já há algum tempo, as pessoas perguntam e assumem como verdade que ela provavelmente cursaria Medicina, afinal tem mãe e pai médicos. Tem uma certa lógica, concordo. E mais, as pessoas imaginam, ou imaginavam, que é o que gostaríamos que ela fosse. Que a medicina seria um caminho natural a ela. E que tentaríamos influenciá-la para tornar-se médica.
Nada mais longe da verdade.
Nunca, de forma alguma, pensei em influenciar a escolha da profissão da minha filha. Nunca dei nenhum palpite, e menos ainda com relação à medicina. Sempre pensei, e ainda penso, que a escolha deve ser totalmente dela, sem nenhum tipo de pressão minha ou de quem quer que seja. Esse é um “problema” dela.
Mais importante ainda, é que ela tenha a noção de que a decisão que tomar na hora em que for necessária essa decisão não é necessariamente definitiva, sem volta. Até pode ser, se ela gostar e quiser seguir pelo caminho de sua primeira escolha, mas sempre é possível revisar rumos e rotas.
Entendo que, em geral, a escolha de um caminho profissional tem um peso importante entre nossas escolhas de vida, mas – reforço – procuro criar um ambiente doméstico em que todos, a Marina, saibam que têm a liberdade e autonomia para escolher sem nenhum tipo de pressão de minha parte.
Que saiba que vou apoiá-la em sua decisão, seja ela qual for.
Até.