Por esses dias, li um desses ‘memes’ na internet em que um senhor grisalho dizia que “envelhecer me faz pensar nas pessoas que perdi pelo caminho” e complementava com “talvez eu nunca devesse ter sido guia de montanha...”. Achei ótima piada, mas fez pensar.
Fico feliz – meio frustrado, também – por eu nunca ter sido guia de montanha, ou mesmo alpinista, ou ainda por não viver perto da montanha. Já falei sobre isso, meu fascínio pela montanha, que começou com a primeira vez que estive no Vale D’Aosta, saindo de Turim, norte da Itália, próximo à fronteira com a França. Hoje em dia, claro, os meus joelhos não permitiriam isso.
A brincadeira me fez pensar em todos que ficaram pelo caminho, e minha – provavelmente – estúpida (não sei se esse é o melhor termo) mania de tentar retomar contato com pessoas que saíram da vida, do convívio mais próximo. Sempre parece que vale à pena, pelo respeito que tenho por quem caminhou comigo em ao menos uma parte da minha jornada.
A pergunta é: estou certo em fazer isso, ou deveria deixar para trás, deixar no passado quem esteve no junto comigo no passado? Costumo pensar que devo – se há a oportunidade – ao menos tentar reencontrar, relembrar, não sei se retomar, mas celebrar quem foi importante em algum momento do passado e que – por diferentes razões – não está mais junto no dia a dia.
E você, o que pensa disso?
Até.