terça-feira, junho 03, 2025

Perdidos na Montanha (ou no Tempo)

Por esses dias, li um desses ‘memes’ na internet em que um senhor grisalho dizia que “envelhecer me faz pensar nas pessoas que perdi pelo caminho” e complementava com “talvez eu nunca devesse ter sido guia de montanha...”. Achei ótima piada, mas fez pensar.

 

Fico feliz – meio frustrado, também – por eu nunca ter sido guia de montanha, ou mesmo alpinista, ou ainda por não viver perto da montanha. Já falei sobre isso, meu fascínio pela montanha, que começou com a primeira vez que estive no Vale D’Aosta, saindo de Turim, norte da Itália, próximo à fronteira com a França. Hoje em dia, claro, os meus joelhos não permitiriam isso.

 

A brincadeira me fez pensar em todos que ficaram pelo caminho, e minha – provavelmente – estúpida (não sei se esse é o melhor termo) mania de tentar retomar contato com pessoas que saíram da vida, do convívio mais próximo. Sempre parece que vale à pena, pelo respeito que tenho por quem caminhou comigo em ao menos uma parte da minha jornada.

 

A pergunta é: estou certo em fazer isso, ou deveria deixar para trás, deixar no passado quem esteve no junto comigo no passado? Costumo pensar que devo – se há a oportunidade – ao menos tentar reencontrar, relembrar, não sei se retomar, mas celebrar quem foi importante em algum momento do passado e que – por diferentes razões – não está mais junto no dia a dia.

 

E você, o que pensa disso?


Até.