Serenidade.
Um dos ensinamentos que a experiência (a idade, ou o tempo, se quiserem) nos traz, ou ao menos deveria trazer, é a capacidade de aceitarmos os fatos da vida, os acontecimentos, como eles são, e não como gostaríamos que fossem. Não “brigar” com a realidade, saber que nem tudo é sobre nós.
Quando das enchentes e inundações de maio no Rio Grande do Sul, com toda a tragédia das perdas humanas e materiais que direta ou indiretamente afetaram a todos nós gaúchos, e que começamos o lento processo de reconstrução, a grande parte dos eventos planejados para aqueles dias e por um período a seguir foram suspensos, quando não cancelados, com toda a razão. O foco era (é) sobreviver ao caos para poder seguir em frente. Tristes, consternados, mas já planejando a próxima etapa.
Entre os eventos daquele período que foram adiados estava o lançamento do meu livro, ‘A Sopa no Exílio’, que adiamos em quase um mês por óbvias razões. Mas não pude deixar de brincar que justamente no ano que lanço o meu livro e pretendo assiná-lo na Feira do Livro, ocorre uma catástrofe climática no estado e a Praça da Alfândega, onde ocorre a Feira do Livro, fica embaixo d’água... no que fui retrucado “nem tudo é sobre ti, Marcelo...”. Justíssimo.
Mas não era disso que queria falar.
Falava de aceitar as coisas como elas são.
É parte do aprender a viver. Temos que saber lidar (ou ao menos tentar) com os acontecimentos, independente se são consequências de atos prévios nossos ou frutos do acaso. O primeiro passo é aceitar que há coisas que não controlamos e não dependem de nós. Para essas, serenidade. Para as que dependem de nosso esforço, cada um sabe o que é melhor para si.
Até.
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