domingo, julho 28, 2024

A Sopa

Caminhava eu pelo parque ontem a caminho da academia onde há cinco anos consecutivos faço atividade física, em minha nova rotina de sábado pela manhã enquanto não volto a pedalar, enquanto ouvia música em meus fones de ouvido. Depois de ouvir aquelas que são de trabalho, ou seja, que estou estudando, coloquei para ouvir umaplaylist chamada ‘Quarentena’, que montei logo no começo da pandemia, ainda em 2020.

 

Foi, no mínimo, interessante.

 

A primeira, ou segunda música da lista de músicas que selecionei para aquele período, que podemos chamar de temática (mas também de premonitória) foi uma do Raul Seixas, ‘O Dia em que a Terra Parou’, mas que também é nome de um filme de 1951 dirigido por Robert Wise (The Day the Earth Stood Still). O filme, ficção científica, é sobre um alienígena que visita a Terra, é um tipo de apelo ao mundo pela paz e foi refilmado / reeditado em 2009, com o Keanu Reeves no papel principal. 

 

Enquanto caminhava como exercício para depois continuar minha atividade física na academia, lembrava desse tempo de pandemia, na loucura que foi tudo aquilo nas perdas que tivemos causados pelo distanciamento, pela falta de encontros presenciais, pelos churrascos não realizados, pela ausência de proximidade física daquele período, e de como tudo isso é importante. Ato contínuo, passei a pensar – mais uma vez e como sempre – na passagem do tempo e de como mudei (mudamos) nos anos que passaram. Foram quatro anos e meio intensos, desde que a pandemia começou, lá em março de 2020. A vida mudou muito, para o bem e para o mal, como sempre foi e sempre será.

 

Mais um momento em que ouvia uma ‘música transportadora’, aquelas que têm a capacidade de nos transportar no tempo, de nos fazer voltar às sensações de quando essa música ganhou um determinado significado para nós e por isso tornou-se marcante. 

 

Estou (estamos) cheio(s) delas.


Até. 

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