Assim como a rotina, os limites são importantes na vida.
Existe a natural tendência de aceitarmos, ou tolerarmos, situações que não são as melhores para nós em troca de aceitação a determinados grupos sociais. Isso tanto em termos pessoais como profissionais.
Quando estamos nos primeiros passos em nossa profissão, e falo de medicina porque é a minha, somos “coagidos” a aceitar situações, e podem ser trabalhos, tarefas ou ambientes que não são os mais saudáveis do ponto de vista emocional. Era natural, no tempo em que comecei como médico, há quase trinta anos, trabalharmos em locais que estavam longe do ideal, em condições longe das ideais, muitas vezes quase imprudentemente. Além de mal remunerados. Era parte do crescimento, diziam, ou o “pedágio” a pagar para conseguirmos nos colocar – com o tempo – em lugares considerados melhores.
Não sei como é hoje.
O princípio era abraçar o que fosse possível e depois ir selecionando aquilo que fosse melhor, que tivesse mais a ver com o nosso “plano maior”. Foi o que fiz.
Mesmo agora, anos e anos depois, ainda é importante manter-me atento às tentativas de me empurrarem para situações às quais não gostaria de estar envolvido. De novo, tanto em termos de trabalho quanto pessoais. Por isso a importância do dizer ‘não’, de impor limites. É o que tenho tentado fazer.
Cada vez mais, digo não às roubadas em que querem me envolver, e me afasto de pessoas negativas, ou tóxicas, como dizem.
Dizer 'não' é libertador.
E uma luta diária.
Até.
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