Ainda em uma fase de reflexões.
Como já reparado por alguns, e até já comentado por mim recentemente, os últimos meses, e não consigo precisar quando isso começou, têm sido um misto de pensar em projetos a serem realizados e repensar situações vividas. Como se em um balanço indo e voltando, vou alternadamente de pensar o futuro para rever, reavaliar, o passado.
Pode ser porque cheguei em um momento de vida em que já vivi o bastante para poder olhar para trás e ter uma visão de perspectiva de um caminho razoável já percorrido, histórias vividas e algumas delas contadas, mas também poder porque consegui organizar a vida de forma que analisá-la (assim como ler e escrever) pôde tornar-se parte de minha rotina. Após garantir o básico para viver bem, sem maiores dificuldades financeiras e/ou emocionais, é possível abstrair e procurar o sentido nisso tudo, que cada vez mais entendo que é uma busca individual, solitária.
Cada um sabe o que é importante para si, o que traz sentido para sua própria existência, o que o motiva a seguir. E ninguém tem nada com isso. É uma jornada – a do entendimento de si mesmo e nossa relação com o mundo – de uma vida toda, e que caminhamos sós. Porém, como não canso de dizer, sempre alguém caminhará em paralelo a nós, terá seu caminho compartilhado por períodos com o nosso, dividiremos a mesma mesa e o mesmo pão (companheiros) e o churrasco (não poderia deixar de falar em churrasco).
A vida vai, de um forma ou de outra, selecionando os que caminham conosco ao longo dessa jornada, porque são esses os de valor, os que contam de verdade, os de fé.
Até.