Ainda sobre as comparações.
Não interessa se a grama do vizinho parece mais verde que a nossa. Aliás, nem devemos olhar para a grama do vizinho. Estava lendo esses dias alguém que escreveu algo como ‘não devemos olhar para o caminho que não percorremos”. Esse deve ser o princípio.
Ficar preso no ‘E se...’, nas possibilidades de desfechos diferentes em caso de escolhas que não as que fizemos é – além de um exercício estéril – injusto para conosco. Quase sempre o que não vivemos parecerá melhor do que vivemos agora, porque está no campo das possibilidades, das probabilidades. O mundo ideal seria aquele que não escolhemos, e não o que estamos agora, fruto de todas as nossas decisões prévias.
Não é verdade.
Prefiro acreditar que onde estamos hoje, agora, e que é resultado de tudo o que fomos e vivemos até hoje, é o melhor, levando em conta que estamos fazendo o melhor possível a cada o momento, a cada escolha. Claro que o resultado nem sempre (ou quase nunca) depende exclusivamente de nós, mas – se estamos fazendo nossa parte – prefiro acreditar no melhor desfecho possível.
É certo, também, que erramos de tempos em tempos.
Quando isso acontece, o melhor é fazer como quando se pega um trem errado: o melhor é descer na primeira estação (oportunidade), porque quanto mais longe formos no caminho errado, maior o custo de retomar o caminho correto.
Até.