Independente da impossibilidade de fazer uma pausa na vida para reavaliá-la, para analisar se os resultados práticos obtidos até aqui estão em conformidade com os objetivos de vida pré-determinados e, mais, se existem mesmo objetivos definidos a priori, em meio ao turbilhão de eventos que é a vida diária, ainda assim tenho pensado em - mais do que em quem sou – com quem tenho andado, com quem gostaria de andar mais e com quem não deveria estar mais convivendo. Como se, de lupa, estivesse olhando para o mundo ao meu redor e, sim, em tese menos para o meu umbigo.
O que é uma falsa premissa, pois é a partir de minhas impressões que essas “análises” estão sendo feitas. Então, olhando para o exterior, estou olhando em um espelho em que me vejo nos outros, e aprendendo sobre mim nessa minha relação com as pessoas, com o mundo.
Fazendo um exercício prático, reconheço que convivo diariamente com muitas pessoas em diferentes ambientes pelos quais circulo, e com quem tenho diferentes tipo relações. São conhecidos, colegas de trabalho, amigos de trabalho, amigos, e grandes amigos, digamos, além de familiares, ex-colegas, e até – se é que existe – ex-amigos, em uma classificação em níveis de proximidade (geográfica e de conexão). Usualmente não pensamos nisso no dia a dia, mas seria interessante colocar em um papel esses diferentes círculos de proximidade, com aqueles com quem mais podemos contar mais no centro, e à medida que o grau de proximidade da conexão diminua, mais afastados desse centro.
Qual é o nosso círculo mais próximo de relações, aqueles com quem podemos contar sempre, de um jeito ou de outro? Aqueles para quem hipoteticamente poderíamos ligar em meio à madrugada dizendo que “precisamos de ajuda, vai ser feio e vamos machucar pessoas” e que responderiam “no teu carro o no meu?”.
Eu sei quem são, eles sabem que são.
Até.