Ontem me foi perguntado da razão pela qual as minhas crônicas venham sendo monotemáticas, que esteja escrevendo sobre amigos e amizades, ao menos na última semana. Teria eu sido abandonado, ou tido alguma decepção com algum amigo recentemente?
Não, afirmo serena e tranquilamente.
Estou, contudo, em um processo que poderia chamar de auditoria da vida nos últimos tempos, e o tema amizades faz parte desse processo. A partir de leituras diversas, comecei a avaliar minha vida de um modo geral, procurando dar a importância devida a cada aspecto dela, buscando entender o que realmente devo valorizar, se valorizo o que deveria valorizar e se estou dando uma importância indevida ao que não deveria. Um exercício complexo, mas interessante.
Quais os critérios que estou utilizando e se se são os melhores, os mais adequados, para julgar se estou tendo sucesso naquilo que me propus a fazer e ser, por exemplo. E se esses critérios são válidos apenas para mim ou valem para outros, a forma como vejo a vida dos outros. Se caio na armadilha de comparar minha vida com a de outros, se julgo meus “sucessos” baseado em critérios meus ou de outros.
Como parte dessa grande auditoria da vida que procuro fazer, e que é um processo que deve ser contínuo, saber com quem ando e porque é uma parte significativa. Por isso tenho pensado e falado mais dos meus amigos e das amizades.
Também como exercício de reflexão, tenho pensado no que o Marcelo de 16 anos de idade diria do Marcelo com 53 anos.
Preciso escrever sobre isso um dia desses.
Até.