quarta-feira, julho 23, 2025

Das Escolhas dos Filhos

Dizem que não é incomum que pais projetem em seus filhos expectativas que eram suas, o desejo que se tornem e/ou façam aquilo que não puderam ou tiveram coragem de fazer e/ou ser. Para isso, matriculam seus filhos em inúmeras atividades extraescolares, diferentes cursos ou esportes, e muitas vezes insistem para que façam e são mais animados e felizes que os próprios filhos nessas situações. E esses últimos, sem opções, o fazem obrigados apenas para agradar aos seus pais, o que pode levar ao resultado oposto do que os pais gostariam.

 

O mesmo acontece com as escolhas de vida dos filhos, como a profissão, por exemplo. É bem comum os pais tentarem (e conseguirem) influenciá-los para a escolha de determinada atividade, que os pais desejariam que eles fizessem, seja por potencial estabilidade financeira ou mesmo – como falei acima – projetando o caminho que eles, os pais, gostaria de ter seguido. 

 

Entendo os pais o que fazem isso, o que não quer dizer que concorde. Existe a tendência natural de querer proteger os filhos das adversidades da vida, de que eles não sofram o que sofremos. Queremos, muitas vezes, que os nossos erros sirvam para que eles aprendam e não cometam erros, o que é utópico, porque eles devem aprender a fazer suas próprias escolhas e arcar com as consequências dessas escolhas e de seus próprios erros. Não podemos – mesmo que muitos por aí queiram – manter nossos filhos sob nossa proteção o tempo todo, sempre. Não podemos os deixar em uma redoma de vidro mesmo que virtual. Eles precisam viver.

 

E a vida é composta de alegrias e de tristezas, e frustrações.

 

É aprendendo desde cedo a lidar com os contratempos que surgem que vamos crescer e nos tornamos pessoas independentes e viver uma vida plena. Dessa forma, por caminhos mais ou menos tortuosos, que eles chegarão aonde desejam.

 

Vejo assim as coisas, e procuro viver dessa forma. 


Até.