Um pensamento rápido.
A tentação de passar o mês de dezembro absorto em retrospectivas, balanços, revisões e reflexões é grande. Tenho a impressão de que avançamos pelo mês apenas no embalo, após pedalar (remar, se quiserem) durante os meses anteriores. Depois de muito fazer força, mentalmente já estou descomprimindo. Mesmo que o mundo ainda corra, ansioso, já não estou nessa mesma sintonia.
Da mesma forma, as expectativas para o ano seguinte surgem, planos começam a ser delineados, objetivos traçados.
É o momento em que abstraio o mundo lá fora, com suas tensões, ansiedades, guerras e loucuras, e foco no que realmente interessa, em como reajo ao que me acontece, em como vou contar a história do meu ano, o que termina e o que vai começar.
Foco na narrativa, na minha narrativa.
Em quem sou, em quem devo ser.
Até.